affection

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Ironicamente eu estava em Paris, na cidade do amor com a porra do meu coração quebrado em vários pedaços.

Eu me encontro sentada no mesmo local, incapaz de me mover enquanto sinto todo meu corpo tremer enquanto eu sinto minhas lágrimas caírem num ritmo frenético. Consigo sentir alguns olhares em mim, mas eu não poderia ligar menos para isso agora.

Eu nunca pensei que algo assim poderia doer tanto, é como se toda a dor que irradiasse do meu corpo fosse me destruir em milhares de pedaços.

"Mademoiselle, você precisa de ajuda?" Sinto uma mão no meu ombro e levanto meu olhar, vendo uma das recepcionistas me dando um olhar de pena.

Por mais que eu tente enxugar as minhas lágrimas e tentar controlar minha respiração para respondê-la eu não consigo fazê-lo. É como se eu não tivesse mais controle sobre as minhas emoções porque Andrew me arruinou.

"Me desculpe, e-eu vou voltar para o meu quarto, o-obrigada mesmo assim." Eu falo e me levanto do sofá, desviando meu olhar dela mas meu corpo está fraco e eu cambaleio, fazendo com que ela me segure para que eu não caia. Sinto minhas pernas completamente bambas e anestesiadas.

"Se você quiser eu te ajudo a ir para o seu quarto. Ou se você quiser eu posso chamar o enfermeiro do hotel para dar uma olhada em você." Ela diz e eu nego freneticamente com a cabeça. Não preciso que ninguém faça o diagnóstico de algo tão óbvio, um coração quebrado.

"Não precisa, de verdade. M-muito obrigada." Eu falo e sinto outra mão no meu ombro.

"Eu levo ela para o quarto." Ouço a única voz que eu não queria ouvir nesse momento mas seguro meus comentários, eu estou sem disposição alguma agora.

A recepcionista me dá um sorriso encorajador e se afasta da gente. No momento em que ele desliza seus dedos para a parte exposta da minha pele eu me afasto bruscamente do seu toque, tentando de forma desesperada tentar tirar a sensação dos dedos de Andrew sob minha pele, por mais que não seja ele.

"O que aconteceu, Lauren?" Ele pergunta se aproximando lentamente, tentando estabelecer contato mais uma vez e eu entro em pânico.

"Nao me toca!" Eu falo aumentando a distância entre nós dois e saio andando em direção aos elevadores, mas ele não desiste, segurando meu pulso e eu finalmente chego ao meu limite. "Me deixa em paz, Harry! Você não já causou problemas suficientes?"

"Eu não vou sair do seu lado enquanto você não me disser o que aconteceu." Ele diz e eu sinto tudo ao meu redor girar. Se eu falar para ele o que aconteceu, a piada é certa, como sempre. Eu não vou dar mais um motivo para Harry me rebaixar, eu já estou me sentindo humilhada o suficiente.

"Vocês ainda estão no meu quarto?" Eu pergunto apertando no botão para o nosso andar enquanto enxugo minhas lágrimas.

"Estamos no quarto de vocês ainda." Ele diz e eu abraço meu corpo. Eu não quero que ninguém me veja nesse estado, Harry saber já é ruim o suficiente.

"Se você quiser ajudar então peça para o meu irmão dormir no seu quarto e me deixar sozinha por enquanto." Eu falo me encostando em uma das paredes do elevador e passo a mão por meus cabelos, sentindo o olhar de Harry sobre mim. É algo tão intenso que eu me sinto completamente vulnerável, como se ele pudesse me ler sem nenhuma dificuldade.

"O que seu namorado te fez?" Ele pergunta e eu arregalo os olhos, tenho uma onda de memórias de Andrew na minha cabeça o que me faz voltar a chorar como uma torneira aberta.

the trip | H.S. {PT BR}Onde histórias criam vida. Descubra agora