Capítulo 4- Demon

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Dei uma mordida em meu pão, puxando o queijo derretido que queria cair sobre a mesa. Assim que Justin foi embora e meu pai me deu um esporro por agir daquele jeito com o Bieber, estava aqui tomando meu café da manhã.  

 — Seu pai está furioso. — disse Castiel, aparecendo na cozinha e se encostando no batente da porta.

— Depois passa. — dei de ombros e bebi um gole do suco de laranja.    

— Você é confiante. Isso é bom, mas ter muita confiança pode ser perigoso também. — ele mandou uma piscadela. 

Parei de comer e fiquei observando enquanto ele se retirava da cozinha, sumindo pelo corredor.

Ótimo. Outro cara pra ficar colocando minhocas na minha cabeça.

Desde que Bieber foi embora, não parava de pensar nele. Isso era completamente assustador. Mas de certa forma eu me tranquilizava em saber que meus únicos pensamentos sobre ele eram negativos.

Só estava pensando nele porque tirei a conclusão dele ser um grande idiota, insuportável, e ainda por cima disse aquelas coisas pra mim. Com esses pensamentos tive uma ideia, eu precisava tirar isso a limpo.

Saí da cozinha, deixando para tás meu sanduíche de queijo inacabado e fui atrás de Castiel. Ele estava na varanda de trás da mansão, mexendo em seu celular, sentado em um degrau da escada.

— Castiel? — ele parou o que estava fazendo e me olhou, quando notou que era eu, rapidamente se levantou, para ficar cara a cara comigo. — Posso fazer uma pergunta?

Ele arqueou as sobrancelhas.

— Você me acha bonita? — no mesmo instante ele se engasgou, começou a tossir e quase deixou o celular cair. — O que foi? Você está bem? — comecei a dar uns tapinhas em suas costas, mas ele se afastou.

— Que tipo de pergunta é essa? — ele riu pelo nariz – Por que quer saber isso?

— Apenas preciso saber. — dei de ombros — Vai responder ou não? Posso perguntar pra qualquer outro. — falei dando passos para trás, mas ele segurou minha mão, me puxando de volta.

Quando notei, eu estava mais perto dele do que antes, conseguia ter uma visão perfeita de seu rosto e da cor de seus olhos. Escuros e profundos. 

— Tudo bem, eu respondo. — ele disse, então soltou minha mão, quando notou estar segurando ela. — Você não é bonita. — meus olhos se estreitaram, não acreditando no que ele havia me dito. — Você é linda, Kelsey. — arqueei minhas sobrancelhas e sorri.  

— Puxa. Você quase conseguiu me pegar. — falei rindo.

Ele riu e abaixou a cabeça, depois voltou a encarar meus olhos. Aqueles olhos negros acabavam comigo, como ele podia ser tão irresistível?

— Vai me dizer por que queria que eu tirasse essa sua dúvida? — insistiu.

— Não é nada de importante. — fiz uma pausa. — Eu só precisava saber. Obrigada por ter respondido. — sorri agradecida e me afastei.

Voltei para cozinha e terminei meu café. Depois de organizar tudo em seu devido lugar, voltei para o meu quarto, passando por alguns homens estranhos que abriram um sorrisinho pra mim. Fiz cara de nojo e passei direto. Mal tinha chegado ao meu quarto quando escutei meu celular tocar.

Peguei meu celular Blackberry, e confesso que só comprei porque o “Black” lembrava meu segundo nome “Blake”. Kelsey Blake Jenner.

Assim que olhei o visor, não estava acreditando no que eu estava vendo. Jered.

A Filha Do GangsterOnde histórias criam vida. Descubra agora