Cap 6

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Leyla

Não respondi, apenas bati a porta e sai VDV em direção ao meu quarto, quando cheguei lá me joguei em minha cama e coloquei o travesseiro na minha cara para esconder minha vergonha. kol estava enganado ao supor que eu havia fugido por não ter gostado, na verdade o que acontecia era o contrario eu havia gostado e muito, era uma sensação nova diferente de todos os garotos que eu havia ficado, mas ele não é um garoto qualquer é meu tio e eu me sinto tão culpada que não consigo encara-lo.

-posso entrar? você tem muito a me contar!- era voz de Layla, ela provavelmente estava espiando.

tirei o travesseiro da cara e levantei para abrir a porta quando olhei para a parede e vi a escrita de mais cedo, estava tão envolvida nos acontecimentos que havia esquecido daquilo.
Ao invés de entrar junto a layla sugeri que fossemos para a sala ao que ela apenas deu de ombros e seguiu pelos longos corredores até a escada.
Já no sofá estava a narrar os acontecimentos de mais cedo  para layla que me encarava como se eu estivesse a narrar o enredo da novela mais interessante do mundo, quando senti a presença de kol surgir no topo das escadas, olhei para Layla que me devolveu o olhar e rapidamente nos calamos. Quando ele se sentou ao meu lado desviei o olhar para o chão incapaz de encara-lo e quando finalmente criei coragem de levantar os olhos não encontrei o olhar dele e sim o de minha irmã que me encarava zombeteira ao mesmo tempo que fazia biquinho e barulhos de beijo.
Meu rosto esquentou e uma vontade de saltar em cima dela é arrancar aquele sorriso de sua cara me dominou, porém antes que eu pudesse fazê-lo kol me segurou e o alvo de minha fúria fugiu ainda rindo.
De punhos fechados comecei a bater em seu peito na esperança de conseguir soltar-me e protestei.
-me larga seu desgraçado!
-Ah então agora eu sou um desgraçado?- batendo ainda mais forte ia responder porém no meio dos meus esforços para me livrar de seu aperto acabei tropeçando o fazendo cair por cima de mim.
O ambiente foi tomado por um silêncio incômodo, e tudo que podia ser ouvido era o barulho de nossas respirações que apesar de desnecessária havia se tornado costume. Normalmente para mim é reconfortante sentir o ritmo leve que meu peito sobe e desce conforme inspiro e expiro, porém naquela momento me fazia lembrar do beijo, do seu corpo precisando o meu, de me ludibriar em seu sangue enquanto seus lábios pressionavam os meus e eu me perdia em seus olhos.
Novamente seu rosto se aproximou do meu me enchendo de expectativas de que aquela cena seria repetida, porém antes de que qualquer outra coisa pudesse acontecer a porta foi escancarada e uma garota com os cabelos desgrenhados e suja de terra invadiu a mansão mikaelson.
Apesar de sua aparência ela não parecia estar perdida e sim a procura de algo ou alguém pelo modo que seus olhos corriam analisando o cômodo, até que finalmente eles pararem e se focaram na pessoa em cima de mim.
- Da...Davina?- kol pronunciou incrédulo reconhecendo aquela intrusa.
Ele rapidamente se levantou de cima de mim sem tirar os olhos da garota.
- Kol!- a mesma gritou com sua voz fina estourando meu tímpano ao mesmo tempo em que corria na direção dele é juntava seus lábios em um beijo afetado.
Ao presenciar aquela cena as engrenagens em minha cabeça começaram a trabalhar tentando lembrar dessa tal Davina, e foi então que tudo fez sentido, ela era a ex-namorada de seu tio que supostamente estava morta, parece que eles suportam errado não é mesmo? Porque pelo que posso ver ela parece está mais viva que eu.
Desliguei-me desses pensamentos e voltei novamente minha atenção para a cena que estava a se desenrolar a minha frente. Eles ainda estavam a se beijar e e tenho certeza não vão parar tão cedo, parecia uma cena de filme, naquela momento meu coração foi quebrado em pedacinhos ao perceber que naquele filme eu não era a protagonista é sim a menina malvada que quer roubar o namorado da protagonista. Tudo que aconteceu hoje entre eu e o kol não passou de uma mentira, eu estava sendo usada, devia ter imaginado porque um nunca poderíamos ficar juntos e dois quais as chances dele realmente gostar de mim.
Silenciosamente me retirei para meu quarto, Liguei o chuveiro e entrei de roupa e tudo, as gotas de água gelada molhavam meu corpo me causando arrepios e amenizavam minha dor, liberei todas as minhas lágrimas prometendo a mim mesma que seria a última vez que eu choraria por ele e que de agora em diante nossa relação não passaria de tio e sobrinha...

Always and foreverOnde histórias criam vida. Descubra agora