39_Meu coração frio

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Frio,
Que frieza
Meu coração é frio...
Mas não como iceberg,
Que destrói navios
Que destrói uma paixão à dois,
Que destrói um homem.
Pois o mesmo simples desfaz,
Com a destruição do ozônio,
E derrete apenas com o sol.

Meu coração é frio...
Como uma rocha.

Uma leve paixão
Não o toca,
Ao ver o sofrimento do outro
Sente o forte abraço da culpa.

Meu coração é rocha...
Como fibra dura

Quando ver uma grande paixão,
E não luta,
Age simplesmente
Como se fosse qualquer coisa.
E quando entrega-se amor à dentro,
Muitas vezes lhe é superficial,
A insegurança também lhe é normal.
Quando chegar-lhe de surpresa a traição,
Perdoa-lhe passa a borracha,
As vezes desvia-se
As vezes continua normalmente,
Mas o mais intrigante,
Amo-lhe continuamente

A verdade meu coração...
É esse que se faz com a ponta do lápis,
Mas eu o encubro com espinhos,
Com medo do amor.

Meu coração se faz com a ponta do lápis,
E se desbota com uma gota (uma lágrima),
E se apaga com uma borracha (a morte),
E se esquece com o tempo.

Meu coração é frio...
Não consegue demonstra o que sente.

Meu coração é rocha...
Rocha do litoral,
Não abala-se com a intensa onda,
E sim com o milênio dos tempos,
Pois sua insistência me comoveu

Meu coração...
Faz-se com a ponta do lápis,
Se constrói com carinho,
Ferve ao amor,
Repreende-se com a lição.

Meu coração,
É um poço profundo e obscuro,
Mas tão simples de amá-lo.
Meu coração frio...
(Termina nesse único verso).

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