For You I Saved the Love (I Never Knew How to Give) - portuguese version

Epilogue

Louis mal podia esperar para chegar em casa. Essa fora sua última reunião com o chefe em Londres antes de estar livre para suas primeiras férias de verdade em pelo menos três anos. Ele dirigia com cuidado pelas ruas congeladas de Dezembro, tentando fazer com que o carro ficasse estável e o levasse para casa em segurança.

Eram pouco mais de duas horas quando ele estacionou na sua garagem. A garagem que costumava ser apenas de Harry, isto é. Quando ficar indo e vindo da casa um do outro se tornara incômodo, Louis e Lilly se mudaram para a casa de Harry. Era nela que estava a piscina, afinal.

A ar frio beliscou seu rosto quando ele saiu do carro. Ele abriu a porta de casa e seus ouvidos foram imediatamente preenchidos com o som de risadas altas e entrecortadas. A casa estava aquecida e tinha um cheiro incrível. Com um sorriso enorme já estampado no rosto, ele fez o caminho mais curto para a sala de estar, encontrando lá sua família no chão, e seu coração aumentou dez vezes de tamanho no peito.

Eles estavam no tapete, perto da árvore de Natal. Estavam a apenas três do Natal em si, e Harry insistia em mantê-la acesa sempre, mesmo que fosse no meio do dia. Ele circulou o sofá e três pares de olhos se ergueram para vê-lo, três sorrisos gigantes em sua direção.

"Pai, está em casa," Lilly andou até ele e o abraçou. "Foi tudo ok na reunião?" Ela perguntou e Louis a segurava apertado contra a cintura.

Sua menina, agora com oito anos, era brilhante e divertida e alegre. Seus cabelos claros, na altura do ombro, tinham as pontas pintadas de um azul vivo. Isso a fazia parecer quase uma adolescente, mas ele não hesitou nem por um segundo quando ela lhe disse que queria cortar e pintar. Era o corpo dela, afinal, e ele queria ter certeza que ela soubesse disso desde cedo, que poderia fazer com ele qualquer coisa que a agradasse. Apesar disso, o fato de que era apenas cabelo e que cresceria de novo o deixou tremendamente aliviado.

"Hey, peanut. A reunião foi boa, não precisarei voltar ao escritório até a metade de janeiro," ele disse e caminhou até Harry com a pequena bebê no colo, no chão. "Hey, meus amores," ele disse, beijando Harry nos lábios e a filha deles na ponta do nariz.

Rose soltou uma risadinha e estendeu as mãos em sua direção. Ele sentou no chão e pegou a bebê de dez meses no colo, trazendo-a para perto do peito. "Como está, amor? Você, Lilly e Papa tiveram um bom dia? Senti tanta falta de vocês," ele disse enquanto a bebê pegava em seu queixo, puxando a pele dali.

"Tivemos um dia ótimo," Harry respondeu por ela com o mesmo sorriso permanentemente gravado no rosto pelas últimas semanas. "Lilly fez biscoitos de gengibre sozinha."

Louis se voltou para a outra filha, que continha o sorriso. "Não fez não. Você nem sequer gosta deles," ele disse, incrédulo, e ela assentiu.

"Eu não, mas você e o Papa gostam," ela disse e foi para a cozinha, trazendo de lá um pote cheio de biscoitos. "Papa só teve que tirá-los do forno quando ficaram prontos, mas eu poderia ter feito isso sozinha."

"Só porque você pode, não significa que deva," Harry disse e Louis conseguia ver o esforço que Lilly fazia para não revirar os olhos. Ele tinha um ponto, afinal. Louis ajeitou o bebê em seu colo e pegou o cookie que sua filha lhe ofereceu, mordendo um pedaço. Estava delicioso e ele fez um som em aprovação, comendo-o inteiro em três grandes mordidas. "Peanut, está delicioso," ele disse e ela deu um sorriso enorme, orgulhosa.

"Peguei a receita na internet. Papa colocou um pouco de licor neles."

"Garota esperta," ele disse e pegou outro.

"E," Harry anunciou. "Nós tomamos uma vitamina de banana hoje." O sorriso dele era tão grande que Louis teve que olhar duas vezes.

Não era nenhuma novidade eles tomarem vitamina. Faziam isso todos os dias no café da manhã, Harry jogando no liquidificador qualquer fruta que tinha em mãos. Lilly amava todas, mesmo quando Louis torcia o nariz para os resultados horríveis que ele às vezes obtinha.