Chapter 3

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Louis se considerava uma pessoa boa e controlada. Ele já tivera uma justa quantia de situações estressantes ao longo de sua vida e tinha orgulho em dizer que lidara com elas com maturidade e razão.

Isso não significava absolutamente nada quando se tinha uma criança hiperativa que não parava quieta nem por um minuto para ter seu penteado feito e você estava atrasado, já que era o primeiro dia dela na escola nova e precisavam estar lá muito antes para conhecer toda a equipe. Phil fora gracioso o suficiente para redirecionar todos os papéis requisitados pela instituição, os quais Louis mandara por e-mail, para que sua filha pudesse ser transferida a uma escola local, e ele estaria condenado se ela aparecesse em seu primeiro dia como se tivesse acabado de sair da cama.

"Lilly, pelo amor de Deus, fique quieta por um minuto," ele implorou, sentando na cama com as costas contra a parede e a filha no meio de suas pernas esticadas e abertas. Ela estava pulando, tentando alcançar sua mochila – uma nova que Louis comprara na esperança de animá-la para a nova escola. Dinheiro jogado pelo ralo, se quer saber, porque a pequena garota mal fechara o olho à noite em antecipação.

Bufando, Louis abriu o YouTube em seu celular e buscou por um vídeo aleatório dos Shopkins. Ela era estranhamente obcecada por eles e ele odiava ter que recorrer a tais meios para fazê-la ficar parada, mas uma trança raiz, a qual ela requisitara quase dez minutos atrás, não se faria sozinha.

Enquanto ela se entretinha, ele habilidosamente trançou seu cabelo, colocando pequenos prendedores de borboleta ao final. Parecia ter sido feita por um profissional, se a opinião dele valia de algo. É o que acontece quando se tem um monte de irmãs mais novas e uma mãe ocupada.

"Deixa eu ver, daddy," ela disse e ele tirou uma foto da trança. Ela sorriu abertamente.

"Você gostou?"

"Eu amei, obrigada," ela disse e tocou o penteado gentilmente com as pontas dos dedos. Louis sorriu para ela e tirou uma foto de seu look completo para o dia – um vestido branco florido e seu par favorito de rasteiras rosa. Ela cheirava fresca do banho recente e estava preparada para encarar o dia. Louis queria abraçá-la e nunca mais soltar. Ele não fez isso, é claro. Ela ficou brincando com seu celular enquanto ele se vestia e logo estavam saindo de casa, bem a tempo.

A escola ficava a dez minutos de caminhada, e Louis prometera a si mesmo que a levaria a pé todos os dias, só dirigindo se o clima estivesse muito ruim. Para sua sorte, estava ensolarado e ela andava saltitante, o que sempre os levava mais rápido aos lugares.

"Qual o nome da minha professora?" Ela perguntou, olhando para Louis e ajeitando a alça de sua mochila, a qual ela insistira em carregar.

"Eu ainda não sei amor, vamos conhecê-la hoje," Louis respondeu honestamente. Ele também não sabia muito sobre a escola, mas confiava na palavra de Phil quando dissera ser boa.

"Olha, daddy! É o Harry," Lilly disse, apontando para o outro lado da rua. Ele estava correndo, um olhar de profunda concentração em seu rosto ao que inalava pelo nariz e exalava o ar pela boca. Seu cabelo estava em um coque e as roupas pareciam ser as mesmas do encontro na padaria do dia anterior. Louis segurou a mão da filha mais forte caso ela tivesse a ideia de atravessar a rua correndo para dizer 'Oi' a ele. Ela tinha outros planos. "Harry! Harry!" Ela começou a gritar, acenando como uma maníaca.

Harry estava com fones de ouvido, mas ela gritara tão alto que ele deve ter escutado algo, pois sua cabeça virou para a direção deles e ele sorriu, olhando para os dois lados antes de atravessar a rua para encontrá-los.

"Hey Margarida," Harry a cumprimentou quando parou na frente dos dois. Ele subiu o olhar para Louis e sorriu, murmurando um 'Oi'. Louis teve que cumprimentá-lo e descer o olhar para os próprios pés por causa da forma calorosa com a qual Harry o observava.

For You I Saved the Love (I Never Knew How to Give) - portuguese versionOnde histórias criam vida. Descubra agora