20. plain

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feliz dia 28 p vcs!!!
aproveitem o cap, votem e comentem pra fazer a titia bê aqui bem feliz

🍀

resumo: pesadelo, água quente e niam

L O U I S

No meu primeiro pesadelo, resolvi pesquisar por Estresse Pós Traumático no Google. A resposta foi que, ocorre devido à pessoa ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas que representaram ameaça à sua vida. Ansiedade extrema, flashbacks ou pesadelos são consequências mais comuns e podem durar a vida toda. Haviam tratamentos existentes para amenizar o distúrbio, mas não havia uma cura.

Nas primeiras vezes, fazia de tudo para não dormir. Virava as noites fazendo exercícios afim de ocupar minha mente, bebendo litros de café e até mesmo enchendo a cara de vodka e whisky pra ter aquele PT do bom e não sonhar com nada; nenhuma dessas coisas funcionou. Lembro até de ter pensado que jamais dormiria em paz novamente e estava quase me acostumando a acordar de madrugada, com o corpo suado e o coração acelerado e depois não dormir mais.

E então eu conheci Harry. Desde que começamos a dormir juntos, na mesma cama, minhas noites são extremamente bem dormidas e livre de qualquer interrupção. Seus braços se tornaram o meu conforto e seu peito, minha casa. Vez ou outra acordo porque ele está me abraçando forte demais, mas então sorrio e volto a dormir. Harry se tornou a minha cura.

Mas, graças a um surto de ciúmes e infantilidade da minha parte, toda a mágica de dormir por uma noite inteira se foi e o pesadelo voltou, dessa vez mil vezes pior.

Como em todas as outras vezes eu estava numa sala minúscula, com as paredes e chãos brancos. Estava vazia, a não ser por uma única mesa no centro onde se encontrava uma caixa vermelha sobre. Me aproximo da caixa desfazendo o laço enorme que a fechava e vejo quando o papelão se desmancha, revelando a Calibri 22. A arma pesa em minhas mãos quando a pego e a mesa some. Passos ecoam pelo lugar e me viro a ponto de ver Fizzy e o que me surpreende, Harry no lugar onde Stan deveria estar.

Fizzy apontava uma arma para e Harry e Harry para Fizzy, estavam prestes a disparar. Eu sinto vontade de gritar o nome deles, de manda-los parar mas a minha voz não saí. Tento caminhar em direção ao Harry e dize-lo para não fazer aquilo com a minha irmã, mas meus pés não saem do chão e é quando eu preciso fazer a decisão: matar um para impedir a morte de outro. Levanto a Calibri em minhas mãos, apontando inicialmente para Fizzy e depois em direção ao Harry, completamente afoito. Felicite é minha irmã, não deveria estar sequer cogitando não salva-la, mas porque pensar na morte de Harry me detona tanto?

Sinto meu peito apertar quado vejo Harry destravar sua arma e fecho os olhos apertando o gatilho em sua direção, ouvindo o barulho alto do disparo. Quando os abro novamente, Fizzy sumiu e meu amor está no chão, o vermelho do sangue contrastando o chão branco e corro em sua direção.

"Não, não, não" Me sento no chão, sobre o seu sangue e coloco a sua cabeça sobre o meu colo, ficando a acariciar seus cachos esperando que ele acordasse. Até mesmo o beijei, imaginando que estava num conto de fadas e isso o acordaria, mas ele não se mexeu "Fica comigo, amor! Por favor."

Meus olhos se encheram de lágrimas e antes que percebesse quase me afogava nelas. Vendo Harry ali, no chão, com os olhos verdes e sem brilho olhando pro nada, a boca que costumava ser rosada sem cor e sua pele branca em contraste com o sangue, percebo que o amo. Se torna insuportável a ideia de viver sem ele e ao imaginar meus dias daqui pra frente sem seus sorrisos radiantes e sua presença marcante em todos os lugares, solto um grito de desespero alto, que arranha minha garganta.

juvie • l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora