capítulo 1.

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Ano 2121/ 21.
  Agosto
Hoje foi um dia de folga para mim , então decidi passar o dia no Centro, apenas para observar o movimento. Pude observar que diversas lojinhas foram abertas desde a ultima vez que vim aqui. Pacif estava se tornando como os países que li um livros antigos e crescendo cada vez mais em diversidade e produtos. Observo as pessoas caminhando, sorrindo e curtindo a vida de forma pacífica. Sei que meu pai ficaria muito feliz em ver o que o trabalho dele se transformou numa nação de paz e esperança.
 Enquanto continuo a observar ao redor, de longe posso ver a sirueta de alguém que já há muito tempo não vejo, minha mãe. Lá está ela comprando algo uma barraquinha de frutas, acompanhada com seu marido,meu infeliz padrasto, Felix enquanto sorriem e conversam com a senhora que os atende.
 Rapidamente entro em uma das lojas de roupas que tem na minha frente, na tentativa de me esconder da minha hoje.
"Um dia, eu estarei pronta para tudo isso, mamãe"- penso
-Olá, no que posso ajudar?- aperece uma jovem atendente sorridente.
- Só estou vendo, obrigada. Que horas são?
- São 17h30, senhorita.- diz ela, permanecendo com o mesmo sorriso. Será que não doi para ela sorrir tanto?
"Se demorar mais a ir embora vai ficar muito escuro a estrada e terá que ficar aqui por essa noite"- fala minha mente, me alertando.
Se eu não quiser passar a noite fugindo da minha mãe, terei que pegar a estranha logo, já que de noite é totalmente escuro e há bichos grandes.
Agradeço, então, a atendente e saio da loja, vendo antes se minha mãe saiu. E para minha sorte não há sinal dela, apenas mais e mais pessoas aleatórias na rua. Sigo então para o norte, onde posso seguir caminho para casa.
Pecorro pela estrada velha de arreia batida de divide o Centro ao Quartel em passos lentos e silenciosos, tentando encontrar algum animal para caçar.
Mesmo parte da população ter iniciado uma pequena criação de bovinos e meus coelhos abatidos não serem mais necessários, eu continuo carregando minha flecha. Para mim, essa tarefa é uma forma de manter viva e acessa os ensinamentos que o papai passou para mim e eu jamais deixaria essa lembrança morrer.
Após cerca de 10 minutos de caminhada, chego finalmente em casa, no Quartel. Por já está escurendo, o grande portão está fechado e há sitinelas no observador, na base que fica em cima do portão.
-SE APRESENTE, SOLDADO!- fala um soldado sitinela para mim, com uma laterna apontada para mim
Eu não consigo identificar o rosto, mas pelo voz concluo que seja o Torty
Max Torty é meu amigo mais próximo da vida. Acho que ele seria o que as pessoas chamam de irmão, porque é ele que sei que posso chorar no colo quando a falta do papai é grande, é ele que escuta eu sempre desafar quando sinto saudade da mamãe e é ele que eu ter meus momentos de adolescente e falar de algo idiota. Max é a pessoa mais incrível que eu conheço, e nós dois temos uma amizade que eu amo.
-SOLDADO CROSS!- grito, colocando as mãos em meu rosto, protegendo da luz forte.
- É CLARISSE!- grita Max ao conseguir me indentificar - AUTORIZO ABERTURA DOS PORTÕES.
Eu apenas grito um " obrigada" de volta e sigo adentro em direção ao meu alojamento.
Uma coisa para se aprender: Os Quarteis dormem cedo para acordar cedo. Por isso, mesmo ainda nem ser 18h, há pouca movimentação já que grande parte dos militares já estão nos alojamentos. Eu, mesmo morando aqui há anos, nunca consegui acompanhar essa rotina de dormir muito cedo, isso é uma tarefa impossível para minha cabeça que trabalha a mil.
Chegando mais perto do meu quarto, vejo que a luz está acessa, isso conclui que Louise está no quarto. Abro a porta e escuto soluços vindo dela, que está encondida embaixo do seu lençol. Vou então rapidamente até sua cama encostada na parede, me ajoelha em frente dela e descubro seu rosto, que me encara com seus olhos esmeralda ardende como fogo.
- Tá tudo bem? - digo enchugando lágrima que
caem em cascatas. Ela me parece cansada, como se estivesse lutando com alguma coisa que está lhe consumindo.
- Fui escalada para uma missão exploratória de dois meses- diz ela lutando com seus soluços, enquanto mais e mais lágrimas escorrem pelas sias bochechas. Eu então me levanto e sento em sua cama, ao lado dela. Passo minhas mãos nos cabelos escuros da minha amiga, tentando acalma-lá, quero entender o motivo dela esta assim, já que Loisse fez inúmeras missões como essa e sempre comemorava e ficava animada de um nível até um pouco insuportável.
Mas esse era o jeito da minha amiga, ela ria alto com tudo. Louisse não polpava esforços para expressar seus sentimentos e pouca vezes a vi chorar. Mesmo o jeito dela às vezes me dar um pouco nos nervos, eu adorava tê-la por perto. Agora, vendo ela chorando ao meu lado, sinto meu coração apertar por essa situação e inconcientemente começo a pensar no que fazer para esse choro acabar e vê-la sorrindo de novo.
- Eu gosto muito de ir em missão, mas...- ela faz uma pausa, se senta e enxuga seu rosto molhado- Eu não queria deixar meu namorado. Sei que vou morrer de saudede dele.
Eu olho para ele e levanto minhas sombrancelhas, em espanto. Essa choradera toda só porque vai sentir uma saudade de um namorado idiota? Alias, fazem dois meses que ela fala desse rapazinho, mas eu nunca o vi pessoalmente e sempre quando pergunto o nome, ela muda de assunto ou dá uma desculpa que eu não o conheço. Já algumas vezes me peguei pensando se ele é mesmo real, mas não acho que Loisse perderia tempo com isso.
- Não me olha assim, Clarisse, eu sei que pareço uma idiota falando de saudade enquanto você vive com isso muito bem- eu vivo com isso muito bem?- mas eu não consigo parar se... quando eu voltar ele não estiver me esperando?-  diz ela tentando esconder o rosto entre as mãos, enquanto as lágrimas voltam.
Me aproximo então para abraça-la, enquanto ela se acomoda em meu colo, e continua a chorar baixinho.
Permanecemos durante algum tempo apenas em silencio, deixando toda tristeza se calar.
- O amor espera, sempre espera. Não há dúvidas quando se ama alguém, ele sempre espera....- falo tentando acalmar o coração da minha amiga, que já dorme em meu colo.- tudo vai ficar bem, eu sei.- digo, já agora tentado me própio acalmar



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⏰ Última atualização: Jul 18, 2017 ⏰

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