Depois do jantar estávamos a andar pela rua, em silêncio, apenas apreciando a beleza desse lugar.
Na verdade, eu nem conseguia prestar atenção em nada. Estava preocupada demais com os bilhetes e com as ligações. Eu teria que lidar com aquilo de qualquer forma, e ainda teria que dar um jeito de nada afetar a Bárbara. Eu estava começando a ficar com medo.
-Está esfriando. Acho melhor voltarmos para o hotel. - ela disse se encolhendo e eu apenas concordei. Chegamos no hotel e fomos dormir.
***** - *****
Eu corria desesperada pelas ruas de Miami, fugindo do homem que tanto queria a minha morte. Entrei em um beco sem saída, olhei para todo lado procurando uma saída, mas não encontrava. Olhei para trás e lá estava ele, no escuro, todo de preto e encapuzado.
-Oi amor! - falou e finalmente ouvi a sua voz. Era ele. Era o Nathan.
-Nathan? - perguntei receosa. - Você está vivo? Ai meu Deus. - eu disse correndo em sua direção.Nos beijamos de uma forma calma e serena. Como eu sentia falta do seu beijo, do seu abraço, do seu calor. Como eu sentia a sua falta. Separamos por causa do maldito ar e colamos as nossas testas.
Tudo estava uma maravilha, até eu me dar conta de que era ele que estava tentando me matar.-Porque você estava me perseguindo? - eu disse me afastando.
-Eu queria falar com você, mas você sempre fugia. - ele disse se aproximando.
-Tá, e porque você não me disse isso? - eu disse.
-E...Eu... Eu não sei. -suspirou. - Isso não importa, o que importa é que nós estamos juntos novamente. - ele disse sorrindo e me agarrando.
-Me solta Nathan! Nós não estamos juntos. Me larga, agora! - eu disse tentando me soltar de seus braços.
-Eu lutei por você e agora nós vamos ficar juntos. - ele disse me pressionando na parede.
-Me solta!! - Comecei a gritar. - Socorro! Alguém me ajuda!
-Calada sua vadia! - ele disse e em seguida eu só conseguia sentir minha bochecha ardendo. Eu não acredito que ele fez isso.
Olhei para sua cara e não era mais o Nathan e sim o velho que havia me sequestrado.***** - *****
Acordei assustada e suando frio, olhei em volta e Bárbara ainda dormia calmamente. Levantei da cama e fui ao banheiro, lavar meu rosto.
Fiquei pensando o porque de depois tanto tempo eu sonhar com o Nathan, e o porque daquele velho estar me perseguindo.
Voltei para o quarto e fiquei me revirando na cama, o sonho foi tão intenso que eu perdi o sono. Fiquei mexendo no celular até o sono chegar, mas nada.
Fui para a varanda, e por estar muito frio levei um cobertor. Fiquei olhando para as lojas, que mesmo cobertas de neve, ficavam lindas no amanhecer.
O cansaço foi me vencendo e acabei dormindo ali mesmo.