Capítulo 6.

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  Acordei me sentindo sufocada e sem forças para me soltar. Tentei chamar a Bárbara, porém a única coisa que eu consegui foi derrubar o vaso de plantas.

-Sophia, cadê você? Que barulho foi esse? - ela disse vindo em direção a varanda e olhando para o vaso quebrado no chão. - Menina, o que é que você aprontou?

  Eu já estava sem ar, meus olhos estavam cada vez mais se fechando. Tentei me soltar uma última vez, o que foi suficiente para chamar a atenção dela.

-Sophia! Ai meu Deus! - disse tentando me desamarrar da cadeira. -Não vou conseguir, terei que cortar. Espera mais um pouco amiga. Não feche os olhos!

  Me esforcei o máximo para ficar acordada, mas foi em vão. Meus olhos não conseguiam mais ficar abertos. E a única coisa que eu vi em seguida, foi a escuridão.

                       **********

  Abri os olhos, fazendo com que a luz me cegasse e reparei que estava em um quarto todo branco, desconhecido por mim. Tentei me levantar, mas uma mão me impediu. Olhei para o dono da mão e a retirei de mim.

-Quem é você? Aonde eu estou? Cadê a Bárbara? Por que você está aqui? - falei rápido, em um desespero por estar em uma sala sozinha com um desconhecido, enquanto tentava tirar a agulha do meu braço.
-Ei, com mais calma. - disse me impedindo mais uma vez e me fazendo deitar.
-Me solta! Eu quero sair, cadê a Bárbara? Como eu vim parar aqui? - falei me exaltando.
-Primeiro, se calma que eu te falo tudo que quiser. -  disse olhando nos meus olhos me fazendo acalmar. - Respondendo as suas perguntas, eu sou Tyler, estou hospedado no mesmo hotel que você e sua amiga. Mais necessariamente ao lado do seu quarto. - falou rindo. Provavelmente por ter ouvido alguma das nossas conversas e brincadeiras. - Bem, até o que eu sei é que você estava amarrada em uma cadeira e estava desmaiada e sua amiga me viu no corredor e me pediu ajuda. Nós te trouxemos até aqui, e agora ela deve estar comendo alguma coisa lá fora.
-Espera, a quanto tempo eu estou aqui? - falei tentando entender toda essa história.
-Dois dias. - falou saindo do quarto.
-Ei, aonde você vai? - falei, segurando seu braço.
-Vou chamar a sua amiga. - disse sorrindo.

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