Capítulo 2

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Saio do quarto do Matt e vou para o meu, pego o celular e percebo que já são cinco para as nove e nenhum sinal da vaca da Han. Decido então mandar uma mensagem para ela.

*Esqueceu o caminho da minha casa ou que?*

*Nunca! Vou esquecer o caminho da minha segunda casa?! Só estou um pouquinho atrasada.*

*Trapaceira! Amo você!*

*Também, muito!*

Desço para pegar um sanduiche e já me encontrava ao pé da escada quando ouço a campainha e como só podia ser a Hanna vou logo abrir.

- Vamos pro seu quarto - diz ela me puxando toda apressada.

- Oi, Ronnie, como você está? Estava com saudades - digo ironica.

- Ah, cala a boca e vamos logo. Você sabe que eu sempre morro de saudades de você e que eu te amo. Agora vamos.

- Okay, mamãe - debocho.

- Você está chata hoje.

Ao chegar no quarto, ela se deita e começa a contar como o Jake a pediu em namoro, como foi lindo, o quão emocionada ela ficou e tudo mais. Fico feliz por ela estar feliz.

- Han, eu sei que você gosta muito dele, mas toma cuidado e se ele te fazer sofrer vai se ver comigo.

- Claro delegada, eu sei que você me ama e que posso sempre contar com você. Agora tenho que ir porque vou sair com o Jake.

- Já vi que agora vou ser deixada de lado - digo de cara emburada.

- Não vai não, sua doida, agora tenho que ir. Nos vemos amanhã, amo você.

- Ta bom, mas vê se não me esquece. Te amo.

Adormeço pensando no quanto a Hanna merece ser feliz.

Acordo pois estou com um peso em cima de mim, literalmente, abro os olhos e vejo o idiota do meu irmão em cima de mim com aquela sua cara de besta.

- Hey, sunshine quer ver um filne?

- Que horas são?- pergunto desnorteada.

- Seis e qualquer coisa. Você dormiu a tarde inteira.

- Nossa. Topo o filme, mas sai de cima de mim seu obeso - digo fazendo manha.

- Okay, sua dramatica,você prepara os lanches e eu escolho o filme.

- Ta bom, seu preguiçoso.

Descemos e assistimos "Pesadelo", pois tanto eu como o Matt amamos filme de terror. Após o filme terminar dou boa noite ao Matt subo, escovo os dentes e me jogo na cama.

Acordo bem cedo. Desligo o despertador e vou pro banheiro. Tomo um banho demorado, escovo os dentes e faço limpeza facial.
Visto uma calça rasgada um cropped cinza, nos pés ponho uma sandália simples. Deixo os meus cachos soltos e estou pronta.

Desço e encontro Matt e papai na mesa. Dou um simples bom dia e pego uma torrada e começo a beliscar.

- Hey, macaquinha, porque você não está animada? É o primeiro dia de aulas do seu último ano, você deveria estar mais animada -diz papai comendo sua omelete.

- Quem é que fica animada com o primeiro dia de aulas?

- Você costumava fi... - diz Matt, mas fecha a boca logo que lhe dirijo o meu melhor olhar de não-testa-a-minha-paciência.

- Okay, chega de falar de primeiro dia de aulas. Vou chegar tarde hoje - diz papai dando-me um beijo e um abraço no Matt.

Subo,escovo os dentes, dou uma olhadela no espelho, pego meu celular, meus fones, coloco numa playlist qualquer e desço.

Encontro Matt ainda na mesa, despeço-me e saio pra rua. Sempre vou a pé pra escola porque fica perto da minha casa e porque passo em frente a um starbucks com um aroma divino.

Quando estou quase no portão da escola, me distraio com a movimentação e a euforia de todos por ser mais um primeiro dia de aula que acabo por tropeçar em meus próprios pés, e, estaria no chão se não fossem mãos fortes que me agarram pela cintura.

E que mãos...

Levanto a cabeça e dou de cara com os olhos mais bonitos alguma vez vistos.

- Te peguei - diz o dono das mãos com um sorriso incrivel, de tirar o fólego.

E eu ainda estou com a mesma cara de menina boba

- Obrigada - digo saindo da minha transi.

- Lucas - diz o gato soltando minha cintura e estendendo sua mão para eu apertar.

- Ronnie - digo apertando sua mão.

- Abreviação de...

- Verônica - completo - Mas todo mundo me chama de Ronnie.

- Foi bom te conhecer Verônica - ele sorri mais uma vez ao pronunciar meu nome - Acho que você está atrasada para a aula - faz menção ao interior da escola, apontando com o queixo.

Eu poderia ficar aqui o dia inteiro se você quiser, diz o meu subconsciente.

- Ah, claro... Obrigada, mais uma vez, Lucas -digo por fim.

- Tchau, Verônica.

Viro e entro na escola. Entro na sala e a professora já começou a explicar por isso vou logo pro meu lugar sem interromper.

Uma chance para o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora