Capítulo 4

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Mel

Na manhã seguinte acordei com o despertador tocando e uma mãe furiosa sentada na beira da minha cama. Logo cedo? Ta de brincadeira...

- Quero seu celular e seu notebook, se tiver trabalho fará no computador do escritório, está de castigo até que eu diga o contrario – ela diz e eu a olho com descrença

- Só pode está brincando né? – pergunto me levantando da cama rápido

- Não estou brincando Melissa! Você tem que aprender a ser mais responsável e seu pai e eu estamos cansados dessas suas farras nesses lugares, então, sim você está de castigo, quer agir como adulta e sair para esses lugares? Então vamos te tratar como adulta, agora vá tomar seu banho pois seu pai está te esperando.

Bufo e vou para o banho tomando um demorado, quando acabo vou para o quarto e me arrumo. Coloco uma calça jeans escura, meu tênis e uma blusa com o número 98 na frente, solto meu cabelo e ele cai em ondas naturais, deixando-me com um ar de quem não demorou mais de 20 minutos para se arrumar. Passo um pouco de lápis e rímel e pego minha mochila colocando meu material e minha roupa de líder de torcida. Minha mãe não faz ideia de que irei começar no grupo de torcida da escola... Surpresa mamãe.

Me olho no espelho gostando do que vejo e desço as escadas correndo deixando minha mochila ao lado da porta. Vou até a mesa onde meu irmãozinho Max de apenas 3 aninhos está sentado em sua cadeirinha com uma mamadeira em suas pequenas mãozinhas, dou um beijo em sua testa e me sento de frente para minha mãe e ao lado de meu pai... Vamos lá, que comece o discurso de como eu deveria ser a filha perfeita

- Bom dia pai. – digo e dou um sorriso sarcástico

- Não venha com bom dia pai, Melissa! – ele diz sem olhar para mim, com os olhos fixos em seu jornal, com sua caneca preferida em suas mãos – Você está passando dos limites, está se tornando uma... Uma... – ele procura uma palavra para se expressar – bem, não interessa você esta desonrando nossa família, esses lugares que você freqüenta não são lugares para meninas como você, para o sobrenome que você carrega – por um momento ele abaixa o jornal e olha para mim com seus olhos verdes. As vezes queria ter puxado os olhos dele ao invés do de minha mãe. – Por isso que sua mãe eu decidimos tomar medidas drásticas ao seu respeito.

- Diga, senhor Adam Sherwood – pressiono sarcástica.

- Você não ira mais receber mesada, terá que conseguir seu próprio dinheiro – Minha mãe responde por ele.

- Isso significa que ira começar hoje a tarde a trabalhar na cafeteria ao lado da empresa de Mark – ele diz. – É uma cafeteria de grande renome e será bom para você tomar juízo nessa sua cabeça frouxa e criar responsabilidades.

- Isso significa que com o meu dinheiro eu poderei fazer o que eu quiser? – pergunto

- Saiba que "tudo" não significa tudo, você esta proibida de sair de casa sem nossa permissão. E se fugir será pior do que trabalhar. – ele diz tomando seu café. Eu o olho incrédula.

- Não acredito que vocês estão achando que me fazer trabalhar vai ser um castigo. Eu sou melhor que isso, fui criada sabendo ser honesta e humilde, bom, aprendi sozinha, mas aprendi. – Digo me levantando – Trabalhar não será problema, nem vergonha. Agora se me dão licença tenho aula.

Saio dali depois de pegar uma maça, já que não consegui comer. Vou ate meu carro e dou partida ligando o som bem alto.

Tyler

Minha cabeça está latejando! Não dormi, e estou totalmente chapado, mas não posso faltar em meu primeiro dia de aula na escola em que meu chefe me matriculou, tenho quase certeza que é uma escola de mauricinhos esnobes e chatos.

Depois de tomar uma caneca bem grande de café totalmente puro e tomar um banho, me sinto um pouco melhor. Olho as horas e vejo que já são 7:30 e tenho que estar la as 8h. Troco de roupa correndo, colocando uma calça jeans, tênis e um moletom preto, desço as escadas correndo ate meu carro, ligo o som e coloco uma musica dou partida e saio cantando pneu da garagem.

Fico o caminho todo tentando lembrar qual era minha sala já que esqueci o papel em casa.

Quando chego na esquina da grande escola, acelero o carro parando em uma vaga atrás de umas motos, saio do carro pegando meus óculos de sol e minha mochila...

Vou andando ate a Secretaria, e quando chego vejo uma fila gigantesca. Mas que caralho!

- Todos os novatos do 3 ano devem se direcionar a ala sul da escola e la terá um painel informando suas salas e aulas. – Uma mulher baixa com cabelos brancos e óculos avisa.

Bufo e vou para a ala sul, realmente encontrando a porra do painel. Sala 10 C segundo andar, subo as escadas encontrando a sala facilmente.

Não há ninguém naquele caralho a não ser eu e um nerd sentado na primeira mesa da sala, vou ate a ultima cadeira e me sento la colocando os fones e encostando a cabeça na parede.

10 minutos se passa e a sala começa a encher, tiro os óculos de sol e passo a mão no meu rosto machucado. Então quando levanto o olhar para a porta, um rosto conhecido entra no local sorrindo e rindo com as amigas...

Mel

Quando chego à escola, vou ate a cantina pegando um café e vou andando ate meu armário e encontro as meninas ali, sorrindo junto com Henry e Patrick, sorrio e vou ate eles.

- Te mandei mensagem e você não me respondeu – Diz Ester com cara feia

- Sorry baby, estou sem celular! – digo fazendo carinha triste – Meus pais acham que vão conseguir me privar de sair me tomando o celular e me colocando para trabalhar – digo rindo – A boa noticia Ali, é que vou trabalhar junto com você na cafeteria – digo mudando meu olhar de Ester para Alison.

- Isso é uma ótima noticia Mel – ela sorri animada

- Melhor vocês irem – Diz Henry

Henry e Patrick são 1 ano mais velhos que nos, então eles estudam e alas diferentes...

Assentimos nos despedimos e seguimos nossos caminhos. Ali, Ester e eu vamos ate nossa sala, já que demos sorte de ficar na mesma sala. 10 C.

Quando chegamos à sala estava enchendo aos poucos, estávamos rindo e assim que olhei para o lugar onde eu sentava vi um rosto machucado e levemente conhecido... o menino da festa... Meu sorriso se fecha

Só pode ser brincadeira!!!

- Mel, aquele não é o menino que estava apanhando ontem a noite? – pergunta Ester

- Para minha infelicidade, sim Ester – digo revirando os olhos e seguindo ate o meu lugar olhando para o garoto que o ocupava, suspiro e me sento no lugar da frente e as meninas ao meu lado

- Ele até que é bonitinho – Diz Alison sem emitir som algum.

- Péssimo gosto, Ali – digo do mesmo jeito e sorrio

- Olha se não é a salvadora da pátria – diz o menino atrás de mim e eu me viro

- Olha se não é o grosso sem educação? – sorrio irônica

- Qual teu nome? – ele pergunta dando de ombros

- Ue, agora quer saber meu nome? Vai me agradecer? – digo irônica

- Não, era só para saber como te chamar quando for pedir cola – ele ri eu olho para ele com sem acreditar e me viro para frente vendo o professor entrar e começar a falar.

Mas que cara escroto! Vou ter que conviver com ele? Mas que inferno.


Ps- Nosso Tyler é o Cody Christian <3

After The Storm Onde histórias criam vida. Descubra agora