✿ Capítulo oito ✿

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     *KATHERINE HARPER P.O.V*

Terminei de escrever mais uma frase no papel e virei para que Edward pudesse ver, "Que adorável!" Consegui escrever depois de rir por quase 3 minutos, quando você vê Edward sempre com um rosto sério não imagina que ele possa tirar um grampo de borboletas do cabelo, ele baixou a cabeça e logo depois levantou o papel, "Eu preciso te falar algo...", eu não sabia o que ele tanto queria dizer ㅡ ou melhorㅡ escrever, mas fiquei um pouco ansiosa, admito!
Pude ver ele rabiscando novamente sua folha de papel.
Um barulho alto ecoa pela casa, e eu me assusto de imediato.
ㅡMÃE? ㅡ grito e nada de resposta
ㅡLouise!ㅡ quando escutei meu segundo nome já sabia que era minha mãe, desci correndo para a sala e vi a mesma segurando algumas sacolas nas mãos e um de seus vasos quebrados no chão, pego as sacolas das suas mãos e desvio dos cacos de vidro.
ㅡ Você se cortou?  ㅡ pergunto a ela que nega com a cabeça, ㅡOlha a bagunça que você fez!ㅡ falo e rio da cara dela de assustada quando eu cheguei.
  ㅡ Eu estava abrindo a porta e as sacolas me atrapalharam, eu acabei quebrando o vaso de casamento da sua avó!ㅡ Ela riu por ter quebrado a relíquia da família, essa é minha mãe!

A ajudei com toda a bagunça que ela fez, quando estava jogando o último caco no lixo, logo me lembrei que tinha deixado Edward sozinho esperando, limpei minhas mãos e subi correndo para o quarto, pulei em cima da cama e olhei pela janela, e estava...fechada? Aonde ele foi e o que ele queria me dizer?

Eu provavelmente não saberia agora, mas talvez eu possa perguntar a ele depois, apesar da minha curiosidade acho que conseguiria esperar até amanhã, eu pensei em lhe mandar uma mensagem e perguntar  mas seria muito inconveniente da minha parte.

Minha mãe me chamou para o jantar, eu fiquei em silêncio, tinha muitas coisas para pensar, ela me fez algumas perguntas e eu respondi.

Ela falou sobre algo que eu não entendi muito bem, sobre a Concessionária estar mudando de sede, acho que não é importante, Carolynn Harper (mom) gerência uma concessionária de carros, digamos, mundialmente famosa, e também faz faculdade de psicologia, a pouco tempo atrás ela ganhou uma promoção, para trabalhar na sede principal da linha de carros, não é pra menos ela é muito dedicada no que faz, por isso nos mudamos para a Geórgia, a sede muda de acordo com a demanda de veículos do lugar, e agora estava querendo se mudar para New York, foi só o que eu prestei atenção das tantas coisas que ela disse, estava ocupada demais pensado no que acontecia comigo aquele momento. Depois do jantar eu subi para o meu quarto em silêncio, me ajoelhei aos pés da cama e não, eu não vou orar, peguei uma caixinha funda, vermelha do tamanho de um livro, passei os dedos pela fita branca que envolvia a caixa onde eu mesma havia escrito em letras disformes, "Lembranças da Kat", agora eu acharia tosco mas naquele tempo eu achei a coisa mais incrível do mundo, eu ainda lembro quando eu a fiz, em uma mesa de madeira abaixo de uma árvore nos fundos da casa da minha avó, eram férias de verão eu, meu pai, minha mãe e minha avó, o dia estava ensolarado, meu pai estava me ajudando a fazer uma caixinha de lembranças, aquele dia foi tão divertido para mim, e eu teria aproveitado mais se soubesse que seria um dos últimos que eu veria minha mãe e meu pai juntos, sem brigas, voltando às boas lembranças, eu e meu pai confeccionamos a pequena caixa de veludo, e a primeira doce lembrança era uma fotografia, da minha família, minha mãe, meu pai e eu, sorrindo ou melhor sendo felizes, de fundo o lugar que eu mais gostava: um parque de diversões.

Depois de tantos anos, agora haviam mais fotografias e objetos preciosos para mim dentro da caixa, porém a mais importante vai ser sempre a foto da minha pequena família, e o colar que meu pai me deu no meu aniversário de 6 anos, era um colar simples e até meio hippie com um cordão preto e um pingente roxo retangular (N/A: Como na foto da mídia), eu parei de usar quando tinha 13 anos, porque uma mal amada da sétima série disse que era brega, coloquei-o de volta em meu pescoço, e enxuguei as lágrimas que insistiam em sair dos meus olhos, é difícil lembrar de quando meus pais eram casados. E assim adormeci.

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⏰ Última atualização: Dec 22, 2017 ⏰

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