epílogo

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-Alice, vamos conversar. Eu juro que não tenho mais nada com ela. Eu amo você.


Caio tentava de varias formas me convencer entre lágrimas que o que eu tinha acabado de presenciar era apenas a cena ridícula de uma ex, que não conseguiu superar o fim de um relacionamento. 




-Não me toque Caio. Tire suas mãos de mim. -Eu falava entre soluços sem conseguir acreditar no que os meus olhos estavam presenciando. 



-Eu te amo, me escute ao menos dessa vez. -Ele ajoelhava e eu fechava os olhos fortemente pra não ver aquela cena patética. Eu a-vendo poderia cometer a burrada de resolver ficar. 



-Você não me ama. você nunca se quer amou alguém. levante desse chão. Nada do que você fizer aqui agora, vai adiantar. E sabe o que é o mais engraçado nisso tudo? -Sorrir ironicamente enxugando os vestígios de lágrimas que ainda restavam. -É que eu sabia que você não era pra mim. eu tinha essa consciência que você iria me matar por dentro uma hora ou outra, todos sabiam e me avisaram. mas fui. E está te deixando agora é a coisa mais dolorosa que já fiz em toda minha vida. mas é necessário. Eu cansei de amar por dois, cansei de só eu me importar. cansei das noites de insônia. Por que eu amei por nós dois. você é um poço de vacilo em que eu me afoguei. Eu entrei e nem pensei nas consequências. Eu sabia que você era um problema desde do momento em  que vi você pela primeira vez. não era apenas intuição da minha mãe, e implicância da minha avó. O problema sempre foi você. 


- Alice, me esc...



 Eu o-interrompi antes de escutar mais um dos inúmeros motivos por qual eu não deveria deixar ele. A verdade é que não existiam motivos para eu não deixar Caio. existiam milhares que me fariam deixar. Mas que desde do inicio eu resolvi ignorar por que eu amava ele. Eu o-amava com todas as minhas forças. e de algum modo eu sabia que ele me amava também. mas sinceramente...



-Não diga mais nada, Caio. me cansei dos teus amassos. 



Sair com lágrimas nos olhos. ignorando o sentimento horrível que tinha no peito naquele momento. mas foi necessário. amar alguém não era como nos filmes e livros de romances, onde tudo no final muitas vezes davam certo. era como nos livros de Shakespeare. Eu me sentia a própria julieta com uma faca cravada no próprio peito. Eu tinha acabado de morrer de amor. as pessoas ainda morrem de amor em pleno século 21. quem disse que não. ignorei e entrei como uma louca na estação de metrô. momentos nostálgicos nossos invadiram a minha mente. peguei o celular e liguei em modo aleatório a playlist. parou justamente na música em que a gente costumava dizer que era nossa. pelo visto o universo não estava do meu lado aquela manhã. mas a minha parte racional estava. eu sentia que não poderia esquecer Caio, era como uma coisa que deveria está na minha vida. mas eu esqueceria ele. era necessário.

Antes de nós doisWhere stories live. Discover now