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Capítulo 3

Clara

A semana para o grande dia passa correndo, todos os dias sempre Trevor vai me buscar em casa e depois ne deixar, mesmo quando ele passa o dia na rua,  escritório ou hospital, ele tem sido um amor comigo, a conversa sempre fluía quando estávamos juntos e o silêncio era sempre confortável, era o tipo de coisa que nunca tive com o Max, o Trevor fazia questão de saber como eu estava me sentindo, sempre me trazia algum bombom pra ' alegrar meu dia' como ele dizia, e me rouba beijos igual adolescente, estava ficando difícil me manter indiferente.

O dia da saída do Samuel chega e eu fico super nervosa, principalmente depois que sou apresentada a ele e ele me olha com uma cara de quem comeu mas não gostou e agora dispensou todos do quarto pra falar com a minha irmã em particular, não posso dizer também que estou com a minha melhor expressão no rosto, desde de ontem venho passando mal do estômago, mas como não tive tempo pelo corre-corre de deixar tudo 'ok' para o Samuel voltar estou adiando uma ida ao médico.

- Você não melhorou não é mesmo ? - Trevor diz bem atrás de mim, dou duas respirações e coloco um sorriso no rosto e me viro pra ele.

- Claro que melhorei, estou me sentido ótima. - ele solta um suspiro e segura meu rosto entre suas mãos.

- Você é uma péssima mentirosa. Sua cara está pior que ontem, você está muito pálida.

- Bom tem gente que considera isso uma qualidade.- Falo me referindo ao "péssima mentirosa".

- Não mude de assunto mocinha. - Ele beija minha testa e segura minha mão já me puxando. - Vamos aproveitar que estamos no hospital e vamos ver um médico. - Paro na mesma hora.

- E você acha que eu posso pagar uma consulta em um hospital deste nível ? E se pedirem algum exame ? Não consigo pagar nem com um ano de salário. - Esse homem só pode ser louco.

- Me deixa lidar com isso,  sim ?, não vamos discutir por favor, você precisa de cuidados, estamos em um hospital e como você disse um dos melhores, vai ser rápido e eficiente e depois eu lido com valores. - Suspiro, nós conhecemos em o que duas semanas?! Menos que isso e ele quer que eu aceite pagar uma coisa dessas.

- Olha Trevor, eu adoro você de verdade, você é o cara mais incrível que já conheci, sei que você pagaria sem ligar pro valor mas eu ligo, eu não posso pagar um lugar desses, eu agradeço muito mas não, tem um hospital perto da minha casa eu vou nele, não se preocupe. - Escutamos a porta do quarto do Samuel se abrir e ele e a Emy sai de lá. - Bom hora de sair deste lugar, vá empurrando seu irmão.

- Quando acabarmos com isso. - Ele suspira e parece tentar se controlar. - Vamos ainda hoje no hospital Clara, nem que eu te amarre.

- Ok, ok, eu vou. - Uma hora tenho que ir mesmo.

A casa do Samuel tinha ficado o melhor que deu pra fazer em uma semana, relocamos os móveis de modo que desse mais espaço, tivemos que tirar alguns móveis da casa pra ser mais acessível e facilita os movimentos do Samuel, mesmo assim a casa continuava uma graça, uma casa de musico, na sala aonde estamos reunidos enquanto esperamos minha irmã que esta no quarto com o Samuel, tem um lindo piano e estou me coçando pra não ir até ele e tocar, nunca tive a oportunidade de tocar em um dessa classe, na verdade em minha humilde vida, nunca vi um desse pessoalmente.

- Você toca? - O irmão de Samuel, Alec, pergunta se sentando no braço da poltrona aonde estou.

- Já uns bons anos que não toco nada. - Digo sorrindo e levantando o rosto pra poder olhar pra ele, e quando faço isso me pergunto o que dona Marta bebeu quando estava gravida pra ter filhos gostosos assim.

- Porque não vai lá e toca um pouco.

- Aaaah não, eu não poder...- Nem termino de falar e ele já esta me puxando pela mão e me colocando sentada no piano e se sentando ao meu lado.