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Capítulo 4

Clara

Quando a médica disse que eu estava grávida não pude acreditar, o choque foi tão forte que perdi minha forças, quando acordei e outro médico já começou a fazer perguntas eu não pude reagir, eu não tive tempo de digerir nada, eu nunca esperava estar grávida, eu sempre quis ser mãe, mas sempre quis que fosse do homem que eu amasse, do meu marido, não assim, não do Max que me terminou comigo como se eu fosse um lixo, e nós só nos relacionamos uma vez, faço sexo uma vez na vida e acabo grávida, isso só pode ser um tipo de piada comigo.

Fiz tudo tão mecanicamente que quando vejo já estou deitada para começar a Ultrassom, mas quando escuto o som do coração do meu bebê o meu coração parece se expandir, uma alegria toma meu peito, mas também um medo enorme, eu não sei nada sobre maternidade,  eu vou ter que sustentar um ser sozinha e ainda cuidar dele, eu sinto um medo e uma amor tão grande que não consigo suportar e deixo as lágrimas caírem, até que escuto Trevor falar.

- Eu vou cuidar de vocês dois. - E o medo se esvai, eu sei que ele cuidaria de nós dois, mas esse não era a função dele, ele nem deveria querer isso, acabamos de começar a namorar e já vamos terminar.

A saída do hospital até em casa é feita em silêncio, quando ele estaciona eu vou logo falando.

- Você pode retirar o pedido de namoro, já não fazia sentido mesmo, agora eu estou gravida e nem é de você - Dou uma risada nervosa. - Nós podemos continuar amigos, eu gosto muito de você Trevor, está tudo bem terminar.

- Eu não vou retirar pedido nenhum Clara, quero continuar sendo seu namorado.

- Mas eu estou gravida, você entendeu  essa parte? - Pergunto incrédula.

- Sim, eu acabei de escutar o som mais lindo que já tive o prazer de ouvir. - Ele segura minhas mão. - Obrigado por isso.

- Era lindo né ?! nunca pensei que teria que procurar o Max novamente.- Sinto a mão do Trevor enrijecer.

- Voce não precisa fazer isso.

- Claro que preciso Trevor, ele é o pai do bebe, mesmo ele sendo a pior pessoa que já conheci, ele é o pai. - Digo mais pra mim mesma que pra ele.

- Eu vou com voce então.

- Não vai não, e também não vai contar nada pra Emily nem pro Samuel. - Ainda tenho que pensar em como contar. - A Emily não gosta nem um pouco dele.

- O que ele te fez pra ela não gostar?

- é uma longa história. - Olho pra ele e ele levanta uma sobrancelha. - Ok, nos conhecemos em uma festa de uma amiga minha, ficamos juntos por um ano, eu sempre fui muito conservadora no quesito sexo. - Assim que termino de falar sinto meu rosto pegar fogo. - Quando depois de um tempo dele ficar insistindo e eu sempre pedindo pra esperar ele começou a me tratar mal, mas do nada um dia ele me pediu em casamento, dizendo que me amava, que iríamos ser uma família. - Respiro fundo. - Ele sabia que esse era o meu maior desejo, ele fez a jogada certa e eu aceitei, ai um dia ele fez todo um cenário na casa dele com velas por todos os cantos dizendo que já poderíamos ficar juntos, que ia ser especial porque já pertencíamos uma ao outro.

- Sinto muito.

- Foi o pior dia da minha vida, não vou dizer que sou puritana, nunca fui, já tinha rolado varias coisas mas nunca tinha deixado chegar lá. - Lembrar daquele dia ainda doía muito. - Ele não foi nem um pouco carinhoso, me machucou se satisfez e depois simplesmente chamou um táxi pra mim e terminou comigo, falando que além de não prestar pra nada foi o pior sexo da vida dele.- Sinto as lágrimas descerem.

- Ele não merece que você essa dor que esta sentindo minha pequena. - Ele seca minhas lágrimas. - Juro que se eu encontrar ele eu mato, quebro cada pedacinho desse fdp.