Algo inesperado

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Certo dia Nando desce as escadas do apartamento onde vivia com os tios.  Abre a porta e começa a descer a rua. Eram por volta das 21:30h quando saiu de casa. Como sempre virou para a rua onde descia mais ainda. A rua era um tanto escura, não tinha muitos postes de eletricidade e os que tinham alguns já nem davam. Poucos se atrevem a percorrer aquela rua de noite. Lá ia ele, descendo, passo a passo, passava por casas, mais casas e, até que chegou ao restaurante abandonado. Lá é onde ninguém se atreve a pôr os pés, onde os maiores drogados ficam, nas traseiras desse restaurante. Porém Nando conhece maior parte deles. Mas ao passar por aí Nando não vê ninguém lá e pensou:

- Que estranho, ninguém aqui?

Parou em frente ao restaurante e foi entrando para as traseiras, aí viu uma luz muito forte... era um camião! Um homem com a voz muito grossa olhando para Nando perguntou:

- Ohh rapaz, queres ganhar uns trocos?

Nando sem saber o que dizer, pensou um pouco e respondeu:

- Claro, que tenho de fazer?

O homem que parecia muito mal encarado, deu um sorriso e disse:

- Obrigado rapaz. Sabes, vou abrir este restaurante, e preciso de ajuda para descarregar o camião. Ajudas? Olha que demora ainda.

Nando ao primeiro ficou a pensar, porque queria ir fumar mas o homem precisava de ajuda.

- Claro que ajudo. Onde começo? - respondeu por fim Nando.

E lá foi, passou a noite toda a ajudar!
Eram 6:30h da manha quando acabaram. O homem tirou uma nota de 50€ e deu a Nando dizendo:

- Tu mereces rapaz, agora vai descansar e amanhã às 3 horas da tarde passa aqui!

E lá foi Nando, rua acima todo feliz da vida, cheio de sono e quase a chegar a sua casa lembrou-se:

- Não fui fumar, nem beber! Estava tão distraído, será que...?

...

Era meio dia, Nando acorda toma um banho, come alguma coisa e põem-se na varanda do apartamento. Ele vivia no último andar por isso tinha uma visão muito grande. A tia dele pediu para ele regar uns vasos e tal e quando deu por ele eram 3 horas da tarde, Nando saiu apressado — nem quando vai para os becos sai assim de casa — desce a rua quase a correr e quando chegou ao restaurante...

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