Mundo das ruas

Cala a Boca

Helena enquanto pensava melhor no que iria fazer para ajudar Nando, cada dia trabalhava mais e mais na tasca, e claro, não deixava o vicio de ir para os becos para fumar e assim. Até que um dia, numa dessas idas aos becos, ia ele com os seus fones a ouvir rap e passou por um cruzamento de ruas, em que uma era sem saída, e quando olhou viu uns rapazes a bater em um puto e a roubar-lhe o dinheiro e tudo o que ele tinha de valor. Nando era até um rapaz com alguma força e então começou a correr em direção a esses rapazes e exclamou:

-Dois contra um é fodido, bazem manos..

O moço levanta-se, olha para Nando, com a boca e nariz a sangrar, e agradeceu. Colocou a mão no bolso, sacou de um lenço e foi. Nando correu até perto dele e disse:

-Anda cá mano, temos de tratar disso, não vais assim embora.

-Deixas estar, já estou habituado. -Disse o moço.

-Desculpa? Já estas habituado? O qué já não é a primeira vez que eles te assaltam? Ou já estas habituado a levar na boca? - Perguntou Nando muito confuso.

O rapaz parou, e virando-se para traz olhou para o chão e com lágrimas nos olho disse a Nando:

- Já me assaltaram muitas vezes. Levei na boca ainda mais vezes. Acho que dois murros para mim já não são nada. Mas obrigado por me salvares, pensei que era desta vez que me matavam. Sinceramente era um favor que me faziam.

-Mano anca comigo, não te estou a pedir. Vens e mais nada oupa há minha frente.

E o rapaz la foi atraz dele, sempre com a cara coberta com o lenço, quando chegaram a casa de Nando, o rapaz lavou a cara, e Nando perguntou:

- Onde moras mano? 

-Na rua. - respondeu o rapaz

- Então ficas aqui esta noite, tens fome? eu tenho vou buscar comida. Diz me só uma cena, como te chamas? Eu sou o Nando.

-Chamo-me Joel mas podes me chamar de jota.

E Nando foi há cozinha, e trouxe alguma comida, o rapaz comeu como se já não comece há uns dois dias.

Será o começo de uma grande amizade?