O Aluno Nota F ✐ jikook

15- Lembranças

:(

Jimin estava fodido. E das duas maneiras.

Ele recém havia chegado em casa depois de sua transa com Jeon, e se encontrava jogado em sua cama refletindo sobre o acontecido. Estava com extrema raiva do professor, porque ele sabia o provocar direitinho, e por mais que Jimin odiasse admitir, ele mesmo que havia sido feito de trouxa e caído na de Jungkook. Argh! Jimin havia gostado tanto daquilo... e era a única coisa que ele não deveria fazer, por que a sua vida tinha que ser tão difícil? Ele odiava ver que estava tão entregue ao homem, ele não sabia explicar, havia algo nele que o atraía tanto...

Ninguém nunca havia o desafiado daquele jeito, estava acostumado que todos o temessem e nunca o contradizê-lo, mas naquela situação Park estava em desvantagem porque o mais velho havia descoberto seu plano, e poderia prejudicá-lo a qualquer hora em suas notas. Isso era uma merda. Park sabia que o homem tiraria sua atenção nas aulas, pois sempre que ouvisse sua voz, lembraria dos gemidos baixos e intensos atrás de si enquanto ele o penetrava.

Tentando tirar isso de sua cabeça, Jimin foi para o banheiro, resolvendo tomar um banho. Começou a tirar suas roupas, e quando estava completamente nú em frente ao espelho, tomou um susto. Haviam marcas espalhadas por todo o seu corpo! Primeiramente, ele observou os inúmeros chupões em um roxo escuro presentes em seu pescoço, e alguns na clavícula. Nas laterais de sua cintura, haviam roxos exatamente da forma dos dedos de Jeon. Ele não conseguiu conter um sorriso ao ver estas marcas e lembrar do quanto Jungkook o segurava firme.

Virou de costas e viu mais chupões em sua nuca e início das costas e finalmente as marcas que ele mais havia amado, que eram a silhueta marcada diversas vezes em sua pele das enormes mãos do homem em sua bunda. Entrou no box ainda sorrindo, Deus, ele odiava que Jungkook havia feito ele se sentir tão bem, parecia que ele sabia perfeitamente o que Jimin mais gostava de fazer no sexo e sabia exatamente os lugares onde deveria tocá-lo para ele sentir prazer. A água escorria por seu corpo e ele começou a lembrar dos toques do professor em seu corpo. O que sentia era um misto de raiva, desejo e frustração, pois Jeon deveria ser a última pessoa que ele... sentisse algo, e Park Jimin não deveria se apegar a alguém, não depois que....

Ele terminou seu banho tempo depois e voltou ao quarto com seu roupão, sua cabeça cheia de preocupações e incertezas. "Não seja idiota mais uma vez, Park Jimin", o garoto repetia em sua cabeça. "Você não deve se interessar demais por ninguém. Nunca mais." Ele sentou em sua escrivaninha e assim viu todos os papéis de provas e trabalhos que não havia passado, ele simplesmente não conseguia acompanhar tudo, aquilo era um inferno para ele, ainda por cima a questão de Jeon estava o matando, era muito para sua cabeça, tudo estava se repetindo de novo... Pouco depois, o garoto começou a sentir suas mãos suarem e logo os característicos tremeliques.

Ele rapidamente abriu sua gaveta e a vasculhou no fundo, encontrando o frasco branco e tentando abri-lo, lutando contra as mãos que não paravam quietas. Ele pegou uma cápsula e logo a engoliu rapidamente, sentindo as lágrimas escorrerem por sua bochechas e infelizmente revivendo em sua cabeça aquilo que o atormentava na sua memória mais obscura...

Aos 12 anos, Jimin havia se mudado para Anyang, na casa de sua avó, pois se sentia solitário na casa dos pais, que nunca davam a devida atenção a ele e estavam fazendo com que ele começasse a apresentar sinais de depressão.

O problema foi que em sua escola em Anyang, Jimin era diariamente vítima de bullying de todos os alunos, por ser pequeno, ter traços delicados e ter a voz mais fina do que os outros garotos de lá. Park era um garoto inseguro e sensível, então aquilo o afetava profundamente.

Aos 15 anos, ele havia finalmente aprendido a não dar muita bola contra a constante perseguição e tentar com que os xingamentos como "filhote de baleia" e "bixinha" não o afetasse tanto quanto antes. Park, ainda novo, estava muito confuso com sua sexualidade, ainda mais porque nunca havia tido nenhuma contato amoroso com ninguém, e não tinha nenhum amigo com que pudesse compartilhar seus sentimentos.