Capítulo 30

484 60 664
                                    

(Ítalo)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

(Ítalo)

— Você acha que eu devo contar pra ela que já namoramos? — Leo pergunta. Estamos sozinhos em uma das mesas do salão, tomando café.

— Você está mesmo se gabando por um namoro de um dia?! — Pergunto com ironia, mas sem sorrir.

— Não estou me gabando! Estou pedindo a sua opinião. — Responde sem olhar para mim. — Pensei que, se eu não contasse, estaria omitindo a verdade. Mas se eu contasse, ela poderia se sentir pressionada para ficar comigo!

— E aí você diria que não estão mais juntos porque ela terminou com você!

— Será que você sente algum tipo de prazer quando diz essa frase? — Pergunta ironicamente com um sorriso de lado.

— Na verdade... — Termino de mastigar uma das colheradas de omelete. — Eu sinto pena de você!

Leonardo sorri. — Você é um irmão excelente!

— Eu tento! — Rio.

Depois que tomamos café fomos direto para o devocional, já que hoje à noite não haverá culto, apenas uma festa temática para comemorar o último dia de acampamento. O Fernando, um dos coordenadores, fala um pouco sobre as renúncias que nós, cristãos, devemos fazer ao longo da nossa caminhada.

Logo após, damos um pulo na piscina, e depois passamos o resto da manhã jogando Uno. Eu e Leo.

Depois que fizemos as pazes estamos juntos o tempo inteiro, mas eu não reclamo. Pra dizer a verdade, senti falta de passar alguns dias com ele.

— Galera, a primeira prova de hoje chama-se "Bala na farinha". — Cauã fala ao microfone.

Pego meu celular para olhar as horas e constato que são 14:21, mas acabo paralisando ao olhar para a foto que está na minha tela de bloqueio.

Naquele dia, eu, Ícaro, Safira, Sarah, Sama e Amanda havíamos ido à Aqualândia, clube de piscinas no qual nossos pais são associados. Foi no feriado de outubro, dois meses atrás.

Safira vestida um short preto e um biquíni verde limão, e eu estava de calção vermelho. Ela estava à beira da piscina, havia pedido para Sama tirar uma foto sua, quando eu cheguei correndo, abracei sua barriga e a puxei comigo. Sama capturou a imagem no ar: eu fiquei com o queixo apoiado em seu ombro esquerdo e ela segurou em minhas mãos, estampando um largo sorriso no rosto e com os olhos fechados. Alguns fios da sua franja caíram sobre o rosto. A foto não poderia ter ficado mais perfeita.

No segundo seguinte, nós caímos na piscina. Eu ainda consigo ouvir sua gargalhada.

Volto à realidade quando alguém passa por mim e esbarra no meu ombro.

De volta ao AcampamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora