❥ Notas Iniciais: Olá, leitores. Bom, esse é o meu primeiro livro e espero agradá-los. Benjamin irá fazer com que vocês se apaixonem, caso dêem uma chance haha.
Por favor, comentem e façam críticas construtivas sempre, isso incentiva o andamento da história. Aguardo todos no final. Boa leitura! <3
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O céu irradiava uma luz divina, tão radiante que queimava os olhos de quem se atrevesse a encará-la por mais de dez segundos. O terceiro ano do ensino médio tinha suas semelhanças. Quem ousasse desafiar a ira das disciplinas de cálculo queimaria os olhos de tanto estudar. No meu caso, era diferente. Eu amava números! Mas não era um nerd e muito menos prestava atenção nas aulas do Sr. Aragão — professor mais antigo e consequentemente rígido do colégio, não deixava os novatos se enganarem com a barba branca que trazia recordações do famoso e místico "Papai Noel", o único presente que ganhávamos no natal eram férias atrasadas por causa da recuperação em Cálculo 1 —, longe disso. Matar aula era o diferencial do meu grupo de amigos, era o que nos tornava "únicos", tanto para calouros como para veteranos.
A Srt. Beatrice era nossa coordenadora — conhecida como dentes de café pelo pessoal do xadrez —, alta e com seios avantajados, era baixinha e nunca sorria. Tipo, nunca mesmo! Nos corredores, as fofocas sobre ela cresciam a cada dia. Alguns ousavam dizer que ela perdera os filhos anos atrás em um acidente de carro, os mais rebeldes falavam que a quarentona sofria com a falta de sexo e até mesmo os professores palpitavam, chutando a baixa auto-estima ou o fato dela não ter uma aliança no dedo, tornando-a uma viúva amargurada que descontava sua raiva nos pobres alunos. E, o que nos tornava únicos era o fato da dentes de café nunca ter nos pego. Isso mesmo, eu disse nunca! É claro que os famosos dedos duros toda semana estavam na coordenação, nos incriminando. Mas, todos somos inocentes até que se prove ao contrário, não é mesmo? Funcionava assim no Internato San Georgiano. Sem provas, sem advertência ou ligações inesperadas para nossos responsáveis.
San Georgino era um internato que abrigava moças e rapazes da classe média alta ou bolsistas, que possuíam olheiras em decorrência a noites em claro estudando para as avaliações finais, pois aqueles que não obtiam a nota máxima perdiam a bolsa que incluía os estudos, alimentação, moradia e uma conta poupança para auxiliar na faculdade. Rebecca era bolsista e também a minha melhor amiga, uma ruiva de olhos esverdeados que fora dotada com belas covinhas nas bochechas alvas, sua estatura física era mediana, mas por pura implicância, eu a chamava de "caroço de azeitona" — apelido carinhoso que dei-lhe desde o primeiro dia em que sua mãe fora trabalhar na minha residência — ela veio de família humilde, sua mãe trabalha como doméstica e o pai é caminhoneiro, mas, mesmo com a baixa renda financeira e dificuldades, conseguiram criar a filha com dedicação. Rebecca estuda como uma condenada para manter-se com as notas elevadas, causando inveja na maioria dos alunos. E, isso acaba dificultando sua vida social, impossibilitando-a de fazer novas amizades ou passear pela cidade nos fins de semana. Nós formamos essa amizade quase do nada, ela era uma criança tímida e boba enquanto eu era super hiperativo e brincalhão, por termos perfis tão adversos, nos encaixamos perfeitamente.
Durante 6 anos, a Dona Fátima trabalhou lá em casa, levando a pequena Rebecca sempre. Mas, com a doença da minha mãe, afastei-me de Rebecca, a deixando no início da pré adolescência. Nunca mais vi a Dona Fátima, pois ela e Rebecca tiveram uma discussão gigantesca, quando a mesma resolveu mudar-se para esse internato. Como a situação delas era delicada, todo trabalho era bem vindo. No entanto, minha melhor amiga decidiu focar no futuro e investir em si mesma, fechando os olhos para os pais. Não a julgo. Afinal, sempre elogiei essa qualidade que a maioria considera um defeito: colocar-se em primeiro lugar sempre. O que seria da Rebecca sem o seu amor próprio e ambição? Isso torna-a tão atraente para mim quanto uma moça benevolente para os demais. Nos corredores do Pátio C, avistei uma ruivinha inconfundível vindo na minha direção com uma pilha de livros velhos e chatos.
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O nós diante de mim
RomanceBenjamin D'Ávila é um rapaz cheio de imperfeições, como você. Por ser esse humano falho, ao invés de buscar as qualidades dos indivíduos com quem se envolve, ele procura avidamente pelos defeitos. Seja o ciúmes em excesso ou as espinhas no rosto. Be...