Capítulo 4: Thalia

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Tiago Sirius Potter


  Acordei, me vesti e fui para o salão principal, onde a maior parte dos alunos já estava tomando café da manhã. Assim que me sentei, o Prof.Longbottom passou distribuindo os horários das aulas. A primeira aula de hoje era transfiguração, em seguida aula dupla de feitiços com a corvinal, e por último, herbologia. Corri os olhos pela mesa da corvinal e finalmente achei quem eu procurava: cabelos vermelho-sangue lisos e longos, olhos azul céu e maçãs do rosto rosadas: Thalia, a segundanista mais bonita da corvinal.

Ela percebeu que eu estava olhando e sorriu, senti o rosto queimar e concluí que deveria estar parecendo um pimentão. Apaixonado?Ah sim, estou caidinho por ela, mas quando tento dizer isso a ela, fico com medo de levar um fora e acabo não falando nada.

Terminei meu café e fui para a aula de transfiguração, quando entrei na sala, a maioria dos alunos já estava lá. Me sentei ao lado de meu amigo Charlie, que parecia estar com muita dor de cabeça.

–A Rebecca já está falando com a Camily  faz dez minutos.-Ele apontou para a mesa ao lado da nossa.

A voz de Rebecca já estava me irritando, então eu tirei a varinha do bolso discretamente e apontei para ela.

–Silêncio---Murmurei e assim que guardei a varinha no bolso, a Prof. McGonagall entrou na sala.

Ela nos mandou transformar um rato em caneca, o máximo que eu consegui foi que minha caneca ficasse com cauda e cabeça. A aula passou rápido, Charlie e eu fomos para a aula de feitiços, quando entramos, todos os alunos da corvinal já estavam la. Thalia estava sentada com Kayla, que era irmã de Camily. Me sentei na mesa ao lado das duas, que não paravam de conversar. Kayla era o oposto exato de Camily, era abusada e extrovertida, enquanto Camily era a pessoa mais tímida do mundo.
O Prof. Flitwick começou a ensinar um feitiço para desarmar o adversário, ele também me disse que esse feitiço era a marca do meu pai.

–Srta. McRayan e Srta. Boratto,por favor,venham até aqui para fazer uma pequena demonstração desse feitiço.

As duas se dirigiram até o centro da sala, o professor ficou em um cano da sala observando. Na fração de segundos que levou para Thalia tirar a varinha do bolso e pronunciar o feitiço, a varinha de Kayla saiu voando de sua mão.
É claro, Thalia sempre foi a melhor aluna em feitiços. Desde o ano passado, ela tinha uma facilidade incrível para executar os feitiços mais complexos, era como se a varinha fosse uma extenção de seu braço.
O professor anunciou que o clube de duelos iria começar na quinta-feira depois do jantar, e que os interessados deveriam colocar seus nomes em uma urna que ficaria no salão principal.
Depois da aula de Herbologia, fui direto para o salão principal colocar meu nome na urna, e depois fui ao sétimo andar, na sala precisa, pois queria treinar para o clube de duelos. Meu pai havia me contado da sala precisa no meu primeiro ano em Hogwarts. Eu estava tentando me concentrar no que eu precisava, quando uma vozinha fina me paralisou.

–Aonde vai?

Era a voz de Thalia. Senti meu rosto arder, engoli em seco e me virei, o que ela estava fazendo ali?


–Vim treinar para o clube de duelos.---Respondi com a voz quase falhando de nervoso.

–Posso treinar com você?---Ela perguntou sorrindo e o meu coração quase parou.

–C-Claro.

Finalmente a porta da sala precisa apareceu e nós entramos. A sala estava cheia de manequins e livros de feitiços, e bem no canto havia um minúsculo sofá de dois lugares que mal cabia duas pessoas.
Depois de algum tempo, me sentei no sofá para descansar, e depois de reduzir um manequim a cinzas, Thalia se sentou ao meu lado. O sofá era tão pequeno que ela estava quase no meu colo. Depois de alguns longos minutos constrangedores, ela tentou se levantar, mas acabou escorregando na barra de suas vestes e caindo no meu colo, ela tentou se segurar em mim para não cair no chão, mas acabou derrubando nós dois. Senti meu rosto esquentar, e foi só olhar Thalia para perceber que ela também estava muito constrangida, lutando para sair de cima de mim. Então, quando finalmente nos levantamos, ela pareceu ensaiar um pedido de desculpas, mas sem emitir qualquer som.
Ela então parou e inclinou o pescoço para me olhar nos olhos, levantou-se na ponta dos pés e me deu um selinho. Em choque, não pude reagir. Ela, percebendo o que tinha feito, cobriu a boca com as mãos e saiu correndo da sala.
Fiquei lá parado no meio da sala precisa sem ter a menor noção de tempo, um sorriso bobo costurado em meus lábios.


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