Capítulo II

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-O que você gosta de fazer, Harry?

-Pintar, crochê e balé, mas minha mãe não gosta que eu faça essas coisas.

-Por que são femininas?

-Sim, mas é meu jeito, minha personalidade. Ela não entende que sou diferente.

-Você já disse que é diferente para ela?

-Ela sabe disso. Toda mãe sabe.

-Ela vai entender um dia, Harry.
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Louis deita em sua cama e barriga para baixo. Suas costas doiam tanto, devia estar toda marcada pela fivela do cinto.

-Isso é para aprender a fazer um jantar que preste! - gritou Troy.

Louis começou a chorar. Ele queria fugir dali e nunca mais voltar. Todos os dias ele pedia para alguém o tirar dali. Ele resolveu ir para a rua, olhar as estrelas e tentar se acalmar. Sua mãe era uma dessas estrelas.
Ele sentou na calçada e admirou o céu.

-Louis? - alguém o chamou.

Era a mãe do Harry.

-Louis... - Anne sentou ao lado dele e passou a mão em suas costas o consolando.

-Não quero mais voltar para lá - disse Louis, chorando.

-Eu entendo, querido - Anne abraçou Louis. -Vem,  vamos para meu apartamento.

Louis seguiu Anne. Quando chegaram no apartamento, Louis ficou com vergonha de entrar.

-Venha, querido. Não tenha vergonha - disse Anne. -Harry, temos visita.

-Oi, Louis - disse Harry, acenando.

-Vou fazer uns sanduíches. Fique a vontade, Louis. E, Harry, Louis vai dividir a cama com você.

-Tudo bem. Vem, Louis - Harry segue para seu quarto. -A cama não é muito grande, mas acho que dá para ficar confortável.

-Tudo bem.

-Senta aí - Harry pega uma revista e começa a ler.

-O que está lendo?  - pergunta Louis.

-É da minha mãe. É revista sobre famosos e novela.

-Sobre quem você está lendo?

-Sobre as kardashians, elas compraram uma nova mansão - comenta Harry.

-Sim, eu vi. Mais uma para a coleção - diz Louis, sorrindo. -Você sempre usa óculos para ler?

-Suponho que sim.

-Por que não usa na escola?

-Porque é muito feio - diz Harry.

-Eu não acho. Gostei deles.

-Sério? - pergunta Harry, sorrindo.

-Sim, eu estou te dizendo.

Eles sorriem um para o outro e um silêncio constrangedor toma o ambiente.

-Você gosta da Sara? - pergunta Louis.

-A do terceiro ano? Não e você?

-Também não. E da Sophia? Dizem que ela gosta de você.

-Ahh, Louis! Eca!

Anne entra no quarto e deixa os sanduíches. Eles comem em silêncio e depois Harry arruma a cama para dormir.
Louis deita e suspira cansado.

-Vai dormir?  - pergunta Harry.

-Sim, estou acabado - diz Louis.

-Vou apagar a luz - Harry desliga o abajur e se deita. Era a primeira vez que Louis dormia ali, e Harry sempre sentiu uma certa apaixonite por ele. Claro, ninguém sabia disso.

-Lou?

-O quê?

-Você está bem? - questiona Harry.

-Sim - responde Louis.

-Certo. Lou?

-Queee?

-Boa noite.

-Boa noite, Harry.

Harry continua a observar Louis até pegar no sono.

Uma semana depois.

Harry observava Louis e alguns garotos jogarem futebol. Ele havia emprestado sua bola que ganhou de presente de seu padrasto.
Tinha se tornado uma rotina Louis dormir no quarto de Harry. Eles agora tinham mais intimidade, Louis sempre pegava alguma roupa de Harry para vestir e isso incluía até as cuecas.
Harry não ligava, ele estava caindinho por Louis. Eles também tomavam banho juntos, quando a mãe de Harry não estava em casa. Às vezes eles se tocavam com intimidade durante o banho, e depois de masturbavam para conter a ereção que se formava durante os toques.
Harry andava preocupado com Louis, ela tinha marcas roxas nas costas, mas sempre que Harry tentava tocar no assunto, Louis desviava. Harry sabia que era o pai de Louis que batia nele.
Harry nunca pensou que teria ódio de alguém, mas se pudesse ele mataria Troy.

-Harry, você tentou aprender a jogar futebol com Louis? - perguntou Anne.

-Não, mãe. Para de me encher!

-O que eu faço com você, Harry?! Eu devia mandar você morar com seu pai!

- Ele me deixaria fazer balé - diz Harry.

-Sim, deixaria. Ele deixaria porque não liga para você! Não liga que você é ofendido todos os dias na escola de bixa, viado e coisas piores!

-Eu não ligo mais. Isso não me machuca mais.

-Você nunca vai arrumar uma namorada - diz Anne.

-E quem disse que eu quero uma? - provocou Harry. -Eu não gosto de garotas!

Anne acerta um tapa no rosto de Harry. Ele leva a mão ao rosto assustado.

-Mãe!

-Você é normal, é normal! - grita Anne, chorando.

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Simplesmente apaixonados (Larry stylinson) Short FicOnde histórias criam vida. Descubra agora