Capítulo 3 - Delivery, Doritos, Desculpa

1.8K 229 116
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Catarina estava há uns bons quarenta minutos me dando lição de moral sobre ter colocado um cara aleatório para dentro de casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Catarina estava há uns bons quarenta minutos me dando lição de moral sobre ter colocado um cara aleatório para dentro de casa.

- Esse é o tipo de coisa que é aceitável fazer com um cachorro abandonado, Manuela. Não um ser humano. Menos ainda um ser humano com pinto.

- Eu sei, mas... - ela não tinha ainda me deixado completar nenhuma frase e aquela era só mais uma das suas inúmeras interrupções.

- Se você está andando na rua de noite sozinha e começa a ouvir passos, o que você faz?

- Olho para trás?

- Isso, e aí se vir que é um homem, o que faz então?

- Corro?

- Sim, se você fosse normal, mas não você, Manuela. Você coloca uma coleira nele e chama de "colega de quarto".

- Mas Cata!

Eu estava cansada de tentar explicar que não tinha tido muita opção. Cata era como uma mãe para mim, exceto que da mesma idade, e ela não estava interessada no que a filha adolescente rebelde tinha a dizer sobre ter tingido o cabelo de rosa no banheiro da escola. Ela só queria me colocar de castigo pelo resto da minha existência e seguir com sua vida.

Para ajudar, eu também não estava tão certa assim que não tinha sido uma idiotice sem tamanho topar aquela ideia surreal de morar com um sujeito desconhecido, então meu poder de persuasão estava sofrendo alguns golpes.

Desde o dia anterior, quando apagamos eu no sofá e Frederico no tapete da sala de madrugada após vários testes de Buzzfeed e delivery, eu tinha questionado minha sanidade aproximadamente 348 vezes.

Ele tinha acordado e saído correndo para algum compromisso, e eu tinha tido tempo para apreciar a forma bastante odiosa com que ele deixou as meias usadas dentro do tênis.

Quem faz isso?

Como eu podia confiar em uma pessoa que não simplesmente joga a meia de qualquer jeito pelo chão?

Será que ele era maluco por limpeza? Aposto que não deixava a toalha molhada em cima da cama. Ah, não... ele devia pendurar de um jeito que até secasse mais rápido. E eu não vou nem entrar no mérito de que jurei ter visto ele passando fio dental e ninguém no mundo tem tempo para essas coisas.

Coração de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora