Capítulo 13

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Às 23:00h

|De: Isa

Para: Zack

Que você está fazendo? ocupado? |

 |De: Zack

 Para: Isa

 Não. Eu estou na casa do Hebert. Os pais deles não estão. Eu vou dormir aqui. |

|De: Isa

Para: Zack

Hum. ok! |

|De: Zack

Para: Isa

Aconteceu alguma coisa? |

|De: Isa

Para: Zack

Dorme comigo? |

|De: Zack

Para: Isa

Deixa a janela aberta|

 ***

Não demorou nem dez minutos para o Zack passar pela minha janela. Ele deitou ao meu lado e eu contei tudo à ele.

Eu não deveria. Eu não queria me abrir assim com ele. Contar os meus problemas. Afinal ele não era meu e eu não era dele, nós apenas estávamos ficando. Se ele quisesse poderia ficar com outras meninas mesmo ele não fazendo isso.

Mas ele me entendia e era tão calmo que parecia que nada o abalava. Então eu precisei jogar aquele sentimento ruim para fora e contei tudo sobre meus pais.

Eu contei como meu pais vinham brigando a vários dias na casa da minha antiga cidade. Sobre as mulheres que meu pai traia minha mãe e as inúmeras vezes que ela aguentava isso. E como eu tentava me manter neutra na história.

A nossa mudança para uma cidade pequena para ver se esses problemas davam um jeito. Mas não adiantou. Papai deu o fora em poucos dias.

E como agora eu tenho que aguentar mamãe mesmo ela sendo forte eu sei que ela sofria com isso e acabava me atingindo também.

-Você não tem culpa por isso Isa - Ele disse.

-Eu sei...eu sei. Mas não sei como parar - Falei pensativa.

-Não há nada que você faça para parar. Esses são problemas deles e você não teve culpa por isso. É simples.

-Simples? - Eu falei rindo para não chorar - Pra você é simples Zack porque não é com você.

-Você sabe que é verdade o que eu falei.

Eu fiquei pensando por tempo e realmente não havia nada que eu pudesse fazer para melhorar eu não podia obrigar meu pai a ser melhor e minha mãe a ser. realmente feliz e muito menos eu tinha culpa. Mas era difícil lidar com aquilo. Então parei de tentar converter meus problemas para o Zack e mudei de assunto. Guardei para mim. Como sempre.

-Zack. Eu não sei nada sobre você.

Até isso eu não queria falar mas era inevitável a curiosidade de saber mais coisas sobre ele.

Apesar dessa relação doida. Ele ainda era um estranho para mim. Ele já vinha em minha casa, conhecera minha mãe e sabia um pouco de minha vida, mas eu não sabia quase nada dele.

Quando falei isso percebi que ele não esperava eu dizer aquilo.

-O que você quer saber Isa? Eu sou o que você vê!

IsadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora