Última Dose.

2- A vida.

- Viajando nos pensamentos?.- Valentine, minha mãe adentra a cozinha já jogando o cigarro.

- O que é a vida pra você?.- eu levanto com minha garrafinha de Ice na mão e sento em uma banqueta perto de minha mãe.

- A vida? Ela é uma mentira.- ela está focada com seu olhar para fora, nas árvores para ser mais exata.- Ela nos faz aprender, sofrer, nos fuder.

- Eu gosto dela.- digo sorrindo.- Ela é única. E quero fuder com a minha, no bom sentido é claro.

- Ainda bem que você tem esse pensamento, continue com ele, e viva, porque quando você ver, já foi.- ela se levantou e foi para fora, entrou no seu carro, e partiu, Deus sabe aonde.

(...)

A vida.
Uma coisa que eu não consigo descrever, uma coisa que não cabe em uma única palavra. A vida é uma delícia realmente, mas tem horas que queremos jogar tudo ao ar e mandar se fuder. Mas não é assim, se estamos com um problema com certeza não é um problema fixo, é apenas uma fase.

Não é por conta de um probleminha que vamos começar a nós cortar, querer se matar entre outros.Nada contra à quem faz isso, porém EU acho que sim, existe outras possibilidades de aliviar a dor sem ser se machucando. Olha quem fala, logo eu que desconto tudo em álcool.

- Cachorro.- joguei minha almofada em Luque, e cai em gargalhadas.- Você disse que iria.

- Nós não vamos, mas eles vem.- ele disse com um sorriso.

- MENTIRAAAAA!!!.- eu gritei pulando em cima dele.- Não... espera!

- Sim. Jered também vem.- diz se referindo ao meu ex.

- Tudo bem, vou mostrar pra ele o que ele perdeu.- digo desfilando de forma totalmente... Estranha.

- Ok, ok.- me sentei e respirei.- Vai ter rave aqui em casa.- Precisamos de uma decoração.

- Já resolvi isso, vá lá pra área da piscina.

Fomos até lá e estava tudo pronto, meu Deus, Luque pensou em tudo, corri para meu quarto e comecei me arrumar,um short curto preto, e um sutiã de renda. Depois de me arrumar vou até o quarto de minha mãe e ela estava na varanda fumando.

- Mãe?..

- Tudo bem Tália, eu vou sair com umas amigas.- ela pegou sua bolsa e parou em minha frente.- Juízo.

- Tenho muito, igual à senhora tem.- eu disse e ela riu pelo nariz.

- Cuidado então.- beijou minha testa e saiu.

(...)