XI.

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A vida é engraçada às vezes.

Em um momento, você está relaxando no quarto do seu melhor amigo, junto com seus dois novos amigos, e no segundo seguinte descobre que precisa levar seu outro amigo no aeroporto, depois de acabar de descobrir que o vôo dele é daqui a duas horas.

Bom, Jimin duvidava de que isso fosse normal para todo mundo.

Ele só sabia que, depois de toda aquela correria acompanhando Seokjin até o aeroporto, depois de passar trinta minutos ajudando o rapaz a procurar o seu passaporte, porque claro, o passaporte não é tão importante assim para não ser procurado de última hora, Jimin estava dentro do táxi voltando para casa junto com os outros três garotos, que não estavam diferentes dele.

Ele olhou Taehyung através do espelho retrovisor do táxi. Estava acabado, mas afinal, de que outra forma estaria? Sempre fora acostumado a ter o irmão ao lado, sempre à sua disposição, e agora ele não estava ali.

Jimin não estava escutando quando Taehyung foi se despedir de Jin, mas imaginava ter sido bem sentimental. E, tratando-se de Kim Taehyung, um pouco exagerado também. Mas era justo. Não era como se o único membro próximo da sua família fosse passear pelo outro lado do mundo todo fim de semana.

O olhar de Taehyung encontrou com o seu, e Jimin soube exatamente o que ele queria dizer. Suspirou.

Ele teria que passar em casa para pegar algumas roupas primeiro.

*

— Eu sinto falta do Jin. — Taehyung afirmou pela décima quarta vez dentro dos últimos trinta minutos, enterrando o rosto no travesseiro. Jimin já estava desistindo de contar.

— Eu também sinto — concordou, acariciando de leve o ombro do amigo. — Afinal, eu fui o último a saber de novo. Vocês em algum momento pensaram em, sabe, me contar?

— Eu ia contar ontem quando a gente saiu, mas acabei esquecendo. — ele respirou fundo e se sentou na cama, finalmente olhando para Jimin. — O que é estranho me surpreender, já que eu quis sair justamente por isso.

— Existem formas melhores de se distrair — Jungkook comentou do outro lado do quarto, colocando uma das cartas de baralho que estavam em sua mão à sua frente. — Sua vez.

— E mais saudáveis também — Hoseok concordou, comprando uma carta do bolo. Ele sorriu e baixou ela junto com as duas outras cartas que estavam na sua mão. — Bati.

— Droga.

— Vocês dois são péssimos amigos, sabiam? — Jimin comentou.

— E o que podemos fazer? — Jungkook perguntou retoricamente, guardando o baralho de volta na caixa.

— Jogar canastra não é uma opção — disse. — Vocês não têm um pingo de sensibilidade.

— Desculpa — pediu Hoseok, juntando-se a eles em cima da cama, seguido de Jungkook. — Meio que não somos tão próximos do Jin quanto vocês.

— Você deveria ter mais gratidão a quem te deu um emprego, Hoseok — Taehyung disparou.

— Eu estou aqui com você, não estou? — rebateu. — Eu poderia estar em qualquer outro lugar, mas estou aqui. E você me chama de ingrato?

— Oi, gente, vamos parar? — Jungkook interviu. — Uma discussão é tudo de que não precisamos agora, obrigado.

— Não estamos discutindo — Taehyung mudou sua postura de repente.

human angel ; jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora