Born To Die • rafael lange

Capítulo 14.

Desculpe por começar assim! Vamos agora para a última fita, a mais pesada de todas, a fita que conta como o pensamento final veio até minha cabeça!

Faltava exatamente cinco dias para o meu aniversário... Eu estava mal, as brigas em minha casa não paravam, a escola me odiava de todas as maneiras possíveis, com deboches e coisas do tipo.

Eu precisava me distrair!

A primeira distração veio quando eu ouvi um garoto rico do colégio convidando dois jogadores de basquete para sua festa.

Esse garoto se chama Felipe... Mas, devo dizer, Felps... Como ele realmente é conhecido!

Eu prestei atenção o máximo que eu consegui... No endereço... No horário... Eu precisava daquela festa! Foi aí, que Felps veio falar diretamente comigo!

Disse que queria que eu fosse nessa festa e eu aceitei sem pensar duas vezes!

Eu passei a semana na ansiedade, eu estava animada para a festa e quando o dia chegou... Eu fui!

Tomei uma forte chuva no caminho, o que me fez chegar molhada e tremendo na festa!

Com o apoio de alguns, eu bebi uma cerveja, eu me sentia melhor...

Dancei com as garotas que me chamavam de puta na escola, mas na festa elas me chamavam de amiga.

A festa acabou cedo... Só sobrou Felps, uma garota, um garoto e eu! Por algum motivo, Felps não me deixava ir embora!

E foi na brincadeira de verdade e desafio que começou...

Felps desafiou o casal a ficar trancado no banheiro por um tempo e assim eles fizeram.

Assim... Ficou somente Felipe e eu no quarto!

Eu não posso acreditar que Felipe havia feito tudo aquilo de forma suja e combinada.

E foi quando eu menos esperava, que ele me beijou, me beijou tão intensamente, que foi difícil separar.

Felipe falava besteiras em meu ouvido, enquanto suas mãos subiam pela minha coxa. E de uma só vez... Eu empurrei ele para longe e tentei correr, mas seus fortes braços agarraram minha cintura e me jogaram na cama.

Felipe colocou a mão com força no meu rosto e começou a tirar minhas roupas, enquanto eu tentava me soltar e gritava por socorro.

Colocou a mão com força dentro da minha boca, e nem com mordidas ele soltava.

Eu chorava e me mexia tão rapidamente que aos poucos eu sentia minha perna travar.

Felipe penetrou em mim, nem sua mão impediu meu forte grito por ajuda.

E foi em poucos movimentos que eu perdi minhas forças...

Sem mais comentários sobre depois... Eu só tenho uma coisa para dizer...

Eu estava morta por dentro, quando uma pessoa se sente morta por dentro é questão de pouco tempo para estar totalmente morta.

Depois desse dia, eu parei de dormir, eu fechava meus olhos e a dor me invadia, a dor de ser exposta em mentiras, a dor que brincadeiras sem graça causaram, a dor de uma amizade falsa, a dor de uma agressão, a dor de ser abandonada pelo seu grande amor, a dor de ser estuprada.

Agora você sabe o que fazer Rafael, pois eu sei que você é o único que ouvirá isso...

Sons de choro tomaram a parte por alguns segundos...

Essa fita é para Felipe, Lana, Alex, Maethe, Rony, Luba, aquele casal que mesmo ouvindo meus gritos não me ajudaram e para todos que me humilharam, sem saberem a verdadeira história ou a verdade.

E então a fita acaba...