O Destino - Entre a Razão e o Coração. (Livro ||) - Parada

Capítulo 02

Bianca’Pov

— Aff. Quando eles irão embora...?! Eu tô com fome!
Diz olhando entediada os vários clientes que entram por aquela porta há cada segundo que se passa.
— Eu sei Jess, todas estamos cansadas e com fome, mas quanto mais cheio esse lugar ficar, mas tempo continuemos nesse emprego.
Digo debruçada ao balcão do caixa. Ela assente derrotada e vai até uma mesa, onde um casal de idosos chamava uma de nós para atendê-los.

Ela volta da mesa deles e diz o pedido deles para Frida que é a cozinheira.

Não prestei muita atenção no pedido porque estava preocupada em olhar para outro lugar, mas especificamente para a porta.

Um homem elegante, em um terno totalmente alinhado, um cabelo em um topete impecável entrava naquele lugar, tudo nele exalava boa educação e riqueza.

Algo nele, me dizia que eu o conhecia de algum lugar... Mais de onde...!?

— Bianca, você está bem...?! Aconteceu algo?
Ouço ela dizer e me viro para encará-la. Ela me olhava com um semblante curioso assim como Jess fazia.
— Não Emma... Nada aconteceu. Estou bem.
Digo dando um sorriso amarelo. Ela me encarou com um olhar de dúvida, mas apenas disse:

— Tem outro cliente, quer atender ou deixa pra Jess!?
Perguntou e eu olhei pra Jess. Ela tinha uma expressão cansada no rosto e eu realmente não quero ocupá-la ainda mais.
— Pode deixar Emma, eu vou.
Digo mordendo os lábios e pegando a bandeja e andando lentamente até o homem de terno.

Ele olhava para o celular enquanto teclava incansavelmente.

— O que o senhor deseja?!
Digo o encarando profissionalmente. Ele tira a atenção do celular e me encara.

Quando os seus olhos cruzaram com os meus, vi o espanto e a surpresa em seu olhar.

— Angel...
Perguntou em um fio de voz.

Olhei para ele confusa e curiosa.

“Como ele sabe o nome da minha mãe?!”

— Não, eu sou Bianca. E por quê me chamou de Angel...!? Como sabe esse nome!?
Pergunto acusadoramente.

Vi ele ficar pálido como se visse um fantasma de seu passado.

“Eu ein... Como pode ele me parecer tão familiar!?”

— Princesinha...
Disse baixo, mas alto o suficiente para que eu escute.

Quando eu ouvi ele dizer aquilo, senti uma dor em meu peito, como se meu coração estivesse sendo esmagado.

Eu não tinha reação alguma, eu só o olhava e ele me olhava de volta.

— Bianca... Está tudo bem...!?
Perguntou se aproximando de mim com Emma.
— Não Jess... Não está tudo bem!
Digo e sinto minhas pernas começarem a dar sinal de vida então eu fiz o que achei sensato, eu corri.

Eu corri, corri o quanto pude ou o quanto o meu corpo suportou.