Capítulo 18

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Alaska’Pov

Às vezes você acha que vai ficar bem sozinho
Porque um sonho é um desejo que você faz a sós
É fácil sentir que você não precisa de ajuda
Mas é mais difícil andar com suas próprias pernas.

Chegamos ao meu quarto e eu me sento na minha cama. Jhéssinha e Bianca fazem o mesmo e se sentam na minha frente.

— Olha primeiro não me mata, eu contei sobre aquilo de hoje de madrugada...
Diz e acho que o olhar que eu lancei pra ela diz tudo. Raiva.
— Por que!? Eu disse que NINGUÉM deveria saber disso! Poxa Jéssica! Achei que podia confiar em você...
Digo e ela abaixa a cabeça tristemente
— Alaska... Não briga com ela. Ela fez isso porque se preocupada com você e também, a acha que eu posso ajudar você.

Você mudará por dentro
Quando você perceber
O mundo ganha vida
E tudo está bem
Do começo ao fim
Quando você tem um amigo
Do seu lado
Que te ajuda a encontrar
A beleza de tudo
Quando você abrir seu coração e
Acreditar no
O dom de um amigo

— Me ajudar...? Me ajudar como!? Ninguém pode me ajudar Bianca. Ninguém.
— Eu posso. Eu posso te ajudar, eu sei que posso, mas preciso que confie em mim e me conte tudo.
— Olha eu... Vou deixar vocês duas sozinhas!
Diz se levantando e saindo do meu quarto.

Quando a Jhéssinha saiu do quarto, um chato e contrangedor silêncio se instalou no lugar.

— E então...? Vai confiar em mim e me contar, ou vamos ficar nesse silêncio!?
Pergunta me encarando séria.
— É difícil... Não sei por onde começar...
— Começa do começo. Como tudo começou.

— Bom... Tudo começou... Quando eu ainda era criança, eu sempre fui acima do peso sabe!? Eu era aquelas típicas garotinhas baixinhas e que tinham aquelas bochechas e pernas rechonchudas. Eu não me importava com isso, meus pais também não, minha família toda me amava assim e para eles, nunca foi um defeito.
— Entendi e quando foi que seu peso, começou à ser um problema pra você...?
— Quando eu entrei na escola. Há maioria das crianças eram magras e eu me sentia diferente, sentia que não me encaixava. Comecei à questionar a mim mesma, por não ser bonita como as outras meninas e foi ai que realmente começou. Quando notaram que eu mesma não me aceitava, começaram à me rejeitar. Primeiro com piadinhas de mal gosto e depois com horríveis ofensas que só iam piorando e piorando à cada ano que todos amadureciam e cresciam.

Você mudará por dentro
Quando você perceber
O mundo ganha vida
E tudo está bem
Do começo ao fim
Quando você tem um amigo
Do seu lado
Que te ajuda a encontrar
A beleza de tudo
Quando você abrir seu coração e
Acreditar no
O dom de um amigo

— Certo e com o tempo, você começou à achar que a culpa era sua por não ter um corpo perfeito e nem ser aceita na sociedade.
Diz e eu a encaro surpresa.

Como ela pode saber exatamente o que eu
sentia/sinto...?

— Como pode saber disso!? Por acaso você...
— Sim, também fui vítima da sociedade, mas não pelo meu peso e sim, por minha aparência.
Diz interrompendo à minha frase me deixando ainda mais surpresa.
— Pela aparência...? Como pode ser...? Você é linda!

Alguém que sabe quando você
está perdido e assustado
Lá, nos altos e nos baixos
Alguém que você pode contar,
alguém que se preocupa
Do seu lado aonde quer que você vá.

— Bom... Digamos que, nem sempre eu tive esse rostinho de princesa.
— Como foi que você lidou com o que achavam de você...?
Pergunto realmente interessada e curiosa em saber como ela lidou com tudo isso.
— Simples, eu não lidei. Eu fiz o que quiseram, mudei minha aparência. Só que por um lado, eu não fiz totalmente por causa deles e sim, porque eu quis mudar e isso é o que importa. É você, querer mudar por si mesma.

Você mudará por dentro
Quando você perceber
O mundo ganha vida
E tudo está bem
Do começo ao fim
Quando você tem um amigo
Do seu lado
Que te ajuda a encontrar
A beleza de tudo
Quando você abrir o seu coração e
Acredita no
O dom de um amigo

— E o Kennedy...? Eu ouço as piadas que fazem por ele namorar com alguém gorda.
— Alaska...
Diz e pega nas minhas mãos me fazendo encara-la instantaneamente.
— Ele conheceu você assim não foi...?
Pergunta calmamente e eu assinto afirmativamente

E quando a esperança falhar
Estilhaçando o chão
Você, você estará se sentindo sozinho
Quando você não sabe qual caminho percorrer
E não há nada te guiando
Você não está sozinho

— Ele se apaixonou e te pediu em namoro, do mesmo jeito que é agora não é...?
Pergunta e novamente assinto afirmativamente
— Então, não se preocupe com o que pensam. Às pessoas falam, você sendo perfeita ou não aos padrões. O que realmente importa no final do dia é o amor e isso, isso Alaska, você tem de sobra.
Diz e fico absorvendo cada palavra.
— Talvez... Você tenha razão... O problema, é a irmã dele... Ela me humilha quando ele não está presente.

O mundo ganha vida
E tudo está bem
Do começo ao fim
Quando você tem um amigo
Do seu lado
Que te ajuda a encontrar
A beleza de tudo
Quando você abrir seu coração e
Acredita
Quando você acreditar
Você pode acreditar
No dom de um amigo

— Normal Alaska, estamos falando de Blair Correia... O mal em pessoa...
Diz e vejo faíscas de fogo saltarem de seus olhos.
— Ela já fez mal à você...?
Pergunto e ela me encara.

Seu rosto mudou totalmente à expressão parecia pensativa, perdida e principalmente triste.

— Sim... Muito.
Diz e engole em seco.
— Pois é, ela é tão má! Sinto pena do noivo dela, ele é uma boa pessoa...
Digo e percebo que seu olhar muda.
— Noivo...? Ela está noiva...? Quem é o noivo dela!?
Percebo muito interesse em sua voz. Estranho.

— Ah é o...
— MENINAS, VAMOS COMER!?
Chega gritando enquanto escancarava à porta atrapalhando à minha frase.
— Nossa vamos, mas eu estava falando uma...

— Deixa pra depois! Preciso comer o precioso bolo da vovó! Vem vocês duas!
Diz indo até a cama e puxando nós duas da cama até a porta.

Nem tentei retrucar, era perda de tempo e estou com fome, muita fome! Depois conto para a Bianca, se eu lembrar né.

Agora, o bolo me aguarda!

O Destino - Entre a Razão e o Coração. (Livro ||) - ParadaOnde histórias criam vida. Descubra agora