O que devemos fazer quando se tem a vida que sonhamos? Quando se tem quem amamos por perto? Quando se conquista coisas que sempre foram almejadas? Sorrir. Viver. Ser feliz.
Emilly e Ryan estavam mais felizes do que se podia imaginar, à espera da pe...
— Vamos Ryan, deixa de ser molenga e empurra isso direito. — Supliquei, enquanto tentava, miseravelmente, ir ainda mais alto naquele balanço.
— Assim você me ofende, poxa! — Falou com sua melhor cara de indignação.
— Para com o drama que ele nem combina com você. — Pisquei para ele, suspirando logo em seguida enquanto sentia o frio na barriga do balanço descendo.
— Tem razão, é mais a sua cara — deu um risinho debochado. — Quero ver você consegui correr do molenga aqui!
Ryan disse já parando de me empurrar no balanço do seu quintal, que era enorme por sinal. Eu não tive tempo nem de pensar, pulei num suspiro só e comecei a correr. Não que eu tivesse muito fôlego pra isso. Não demorou muito até que ele me alcançasse e me abraçasse pela cintura.
Gargalhando e sem forças, tentei estapeá-lo para que me soltasse. Sem sucesso.
— Me solta, por favor! — Falei entre risos
— Quem que é molenga agora, hein?
— Você. Você ainda é o molenga — Gritei para o meu melhor amigo, sobre nossos risos abafados.
— Ah, é? E por um acaso um molenga faz isso?
Ryan me virou na velocidade da luz e me beijou. Como se fosse a coisa mais normal do mundo! Desde quando ele fazia isso? Não que beijar fosse o problema, o problema é que era meu primeiro beijo, e pra piorar, vindo do meu melhor amigo. Uma coisa que nunca imaginei. Pelo menos não até aquele momento. E o pior? Eu estava correspondendo e gostando. Não que ele precisasse saber disso, óbvio.
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Em meu pouco tempo de vida, nunca pensei que um dos momentos dela seria esse. Eu estava feliz, uma outra pessoa. Estava em uma fase nova de nossas vidas. Mas de qualquer forma, eu não me sentia totalmente realizada. Tudo bem que eu ainda era muito nova pra entender muita coisa, mas acho que sobre nossa relação eu poderia querer saber. Poderia me impor. Estávamos falando sobre mim, certo? Eu tinha todo o direito de querer opinar.
Eu olhava pra Ryan, como se esperasse que ele lesse meus pensamentos e acabasse com minha angústia. Eu não tinha falado pra ele como me sentia. Tinha esperança de que ele pudesse perceber, que pudesse estar sentindo o mesmo.
Tinha medo de dizer e parecer forçado. Afinal, se até agora ele não tinha me pedido em namoro, deve ser porque ele não se sente pronto. Mas por que ser escondido de tudo e de todos? Eu me sentia estranha.