My favourite cigarette.

67 7 3
                                    

Uma madrugada fria e silenciosa, onde tudo parecia estar em seu perfeito lugar. Os pássaros não cantavam, todos já estavam em seus ninhos esperando o sol da manhã seguinte aquecer seus corpos. Os insetos estavam escondidos em meio às plantas, assim como as flores estavam fechadas e banhadas por geada. As ruas eram iluminadas com lâmpadas frias, dando um ar ainda mais deserto as mesmas; as casas estavam com suas luzes apagadas e quase todas estavam silenciosas, sem nenhuma movimentação em seus interiores, a não ser claro, pela casa nº 49. Aquela era, com toda a certeza, a casa mais barulhenta de todo o bairro, principalmente naqueles horários.

— Porra, Kyungsoo! — Jongin gemia enquanto sentia seu namorado dentro de si.

Os corpos de ambos estavam febris, e a cada investida que o Do dava no Kim era uma espécie de grito ou gemido diferente. O que claramente, agradava o Do de forma extraordinária. Quase todas as noites, seus corpos se uniam e criavam uma bela e perfeita sinfonia. Uma sinfonia única, a melhor música que os dois poderiam ouvir ao longo de suas tão curtas e monótonas vidas.

          O suor escorria pelo corpo dos dois rapazes, que a cada segundo que se passava, se sentiam ainda mais excitados e quentes sem intenções de parar.

— Caralho, Kim Jongin — Kyungsoo disse com a voz rouca, desferindo um tapa forte na bunda do outro. Um tapa forte o suficiente para que a marca de seus dedos ficasse ali.

Jongin sorriu de forma perversa, sentindo seu ápice cada vez mais próximo, e claramente, Kyungsoo havia notado isso. O mais velho cessou os movimentos, se sentando na cama e fazendo um sinal mínimo para que o mais novo se sentasse sobre ele; que assim o fez. Foi até o namorado com pressa, se sentando com força demais sobre o colo do outro – o que resultou em seu ponto sensível ser acertado de forma certeira –. Um gemido – que soou como um grito – escorreu pelos lábios do mais novo, que teve sua cintura apertada com força. As unhas de Jongin foram de encontro com as costas de Kyungsoo, que pousou seus lábios no pescoço do rapaz loiro para que pudesse ao menos aliviar a dor misturada ao prazer de ter o namorado arranhando suas costas enquanto cavalgava sobre seu colo. O Kim movia-se majestosamente sobre o membro do Do, que sentia seu ápice se aproximar; e bom, não era só ele que estava prestes a chegar em seu limite.

— D-Dyo, e-eu estou... q-quase lá... — o Kim anunciou, tentando entrelaçar suas pernas na cintura do Do.

Kyungsoo nada disse, apenas sorriu contra o pescoço do garoto, estocando-o com força suficiente para que após poucos minutos seu líquido jorrasse dentro de Jongin; que teve seu ápice também atingido, molhando o abdômen de Kyungsoo. De forma ofegante, Jongin entrelaçou seus braços no pescoço de Kyungsoo e escondeu seu rosto no pescoço do mesmo; que sorria satisfeito, enquanto retribuía o abraço da forma mais sincera que pôde. Suas respirações estavam descompassadas, era como se estivessem em um show de rock: a tentativa de domar suas atitudes era como se um baterista estivesse tentando parar de tocar o instrumento enquanto a plateia gritava por mais.

          Kyungsoo beijou a área da mandíbula de Jongin, que sorriu timidamente enquanto saía do colo do mais velho – que o olhou confuso assim que o viu se afastar de si.

— Onde está indo, Kai? — perguntou estreitando os olhos, já que a única coisa que estava a iluminar o quarto era um abajur cuja a luz era amarelada.

O loiro ignorou a fala de seu namorado e sorriu ao ver o maço de cigarros que havia comprado para Kyungsoo sobre a cômoda do quarto. Pegou a caixinha e caminhou até a cama novamente, avistando um isqueiro – cujo era preto – sobre o criado mudo, pegando-o em seus finos dígitos com delicadeza olhando fixamente para os olhos de seu namorado, que o analisava cuidadosamente, medindo todos os detalhes de seu rosto possíveis de serem notados apesar da falta de iluminação.

Cigarettes after sex - kaisoo -Onde histórias criam vida. Descubra agora