Capítulo 22: Um Parentesco Mortal

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Eu cantava junto a uma das músicas no rádio do meu carro enquanto eu fazia meu caminho através do campo escuro para Long Island. Eu estava voltando para Nova York para uma parte das férias de Verão, após um primeiro ano surpreendentemente bem-sucedido na escola, e eu tinha cantado junto com Glenn Miller e Bing Crosby durante todo o caminho para casa. Eu estava cuidadosamente revendo o ano letivo passado, enquanto eu dirigia, porque era sempre melhor para rever o passado enquanto assim à medida que mantinha visões do futuro controladas. Eu realmente não queria bater meu carro novamente.

Dr. Hendricks tinha sido uma boa fonte de informação, mas agora ele estava em São Francisco na faculdade Berkley. Ele me ensinou muito sobre o funcionamento do complexo mundo dos vampiros, e eu finalmente comecei a apreciar os Volturi quando ele falou de todos os problemas que causamos uns aos outros e à humanidade. Mesmo que ele não os defendesse como Gregorio o fazia. Eu podia compreender o quão grande era a necessidade dos guardiões de regras com tantos da minha espécie perambulando por aí tentando alcançar poder.

Dr. Hendricks era uma pessoa de caráter único, e eu tinha certeza que os Volturis tinham sido forçados a participar em algumas das suas aventuras. Ele estava por trás de vários grandes mistérios da história, e ele estava muito orgulhoso desse fato. Ele tinha passado quase 150 anos em Bermuda apreciando o tempo. Triângulo das Bermudas – ele.

Ele tinha estado na escavação da tumba do Rei Tut. A maldição da múmia – ele. Ele tinha sido enviado por Sir Francis Drake para deslocar a Armada Espanhola, quando eles ameaçaram a Bretanha. Não foi apenas uma tempestade que destruiu os navios. Ele teve ajuda de outros dois vampiros famintos. Ele veio ao Novo Mundo junto com os primeiros colonizadores. O sumiço dos colonizadores em Roanoke – ele. Ele só ficou com um pouquinh de fome explorando o novo mundo.

A lista era interminável.

Estar perto dele também me ajudou a perceber o quão miserável os vampiros pensam sobre os humanos. Dr. Hendricks nunca os viu como fortes ou ricos em recursos ou únicos, mesmo passando algum tempo em torno deles. Assim como todos os outros vampiros que eu tinha conhecido, os humanos não eram nada além de animais de estimação ou comida para ele. Eu me perguntei o quanto era conceito e o quanto era realidade. Os humanos que conhecia eram geralmente corajosos, alegres e ricos em recursos. Eles mereciam algo melhor do que ser tratado, literalmente, como objetos.

“Por que tantos da nossa espécie não gostam dos humanos?” Eu tinha perguntado ao Dr. Hendricks formalmente em uma tarde.

“Nós todos gostamos dos humanos, um pouco. Eles são tão saborosos.” ele disse. “Você é a única que conheço que não gosta deles. “

“Muito engraçado. “

“É, não é? Alice, eles são a nossa comida. Eles morrem, a gente não. Temos melhores sensos, melhores mentes e melhores corpos. Eles são muito mais fracos do que nós, o que é uma coisa boa, ou eles seriam muito difíceis de apanhar. É tão difícil entender por que nos vemos como uma espécie mais avançada?”

“Mas nós éramos humanos uma vez, e ainda somos tão parecidos com eles. Você nunca sente pena deles, ou felicidade em conhecê-los, ou sente alguma coisa a mais do que um interesse de caçador por eles?”

“Não. “

“Nunca?”

“Não. Alice, esse caminho de pensamento irá causar-lhe sofrimentos desnecessários. Há um antigo ditado que diz, ‘Os únicos amigos de um vampiro é morto e o moribundo’. Essa afirmação é um pouco mais velha do que as pirâmides, e a verdade absoluta. Os humanos podem ser fascinantes, e fortes do jeito deles, mas eles não são nada a mais do que comida para nós. Estar tão perto de um deles causa nada além de dor, acredite em mim. “

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