cap 10| Eva

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A cada minuto que se passava eu checava meu celular. Eram 14:15 agora e eu estava mais nervosa do que nunca. Eu desbloqueava a tela, checava aa redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, Snapchat, Whatsapp, Tumblr, Youtube). Nenhuma notificação, nenhuma mensagem. No meio da minha paranoia, a campanhia tocou. Eu não iria descer para abrir a porta pois estava de repouso, então fui até a porta do meu quarto e abri para escutar o que minha e Chris iriam conversar.

- Olá, eu sou o Chris. Amigo da Eva.

- Ah, sim. Ela me falou que estava a caminho. Entre.

- Espero que não seja incômodo, cheguei mais cedo.

- Que isso, querido. Ela está no quarto descansando, pode subir.

Soltei a porta e voltei o mais rápido possível para a cama. Bloqueei o celular e deitei a cabeça no travesseiro, então escutei batidas na porta e logo ela se abriu.

- Hey - Ele tentou sorrir - Como está?

- Bem. Depois de ter sido deixada sozinha em um dos dias mais irritantes da minha vida e acabar batendo com o carro no fim deste dia, eu não poderia estar melhor. E você? - Ele ficou meio sem reação, então soltei uma risadinha para o clima não ficar pesado.

- Você está certa. Eu fui um idiota. Eu estava na casa do William e rolou bebida... eu perdi completamente a noção do tempo... - ele deu uma pausa - Noção de tudo, na verdade. Eu disse que estaria aqui para te levar e não estava. Você foi sozinha e... olha no que deu.

- Isso não é sua culpa. Na verdade foi até melhor, você poderia estar no carro na hora e ter se machucado. Eu jamais me perdoaria se isso acontecesse. - Assim que essa frase saiu da minha boca, recuei, com receio do que pudesse significar para ele. Até para mim o significado ficou confuso.

- Eva, eu...

Não sei o que deu em mim. Talvez o acidente tivesse aumentado meu nível de loucura. Eu só sei que quando me dei conta minha boca já estava colada na de Chris. Na hora eu quis recuar, mas a minha vontade de simplesmente estar ali com ele naquela hora era maior, e, por alguma força (que eu não sei de onde veio) que me empurrava contra ele, eu não recuei. Mas não era um beijo rápido ou "selvagem" como Vilde costuma falar às vezes. Era calmo e acolhedor. Era um beijo que te faz querer ficar ali e não parar nunca mais. Isso, claro, até que ambos precisávamos respirar.

Nos afastamos, mas não falamos nada. Eu podia sentir sua mão acariciando meu braço e a outra passava o polegar sobre minha bochecha. Estava tudo maravilhoso, então...

- Filha, o cachorro-quente tá pronto!!! - Minha mãe, obviamente gritando, disse do andar de baixo da casa.

- Eu acho que temos que ir... Ir comer o cachorro-quente - Ele disse apontando para o corredor.

- É. - concordei, e saímos do quarto um tanto quanto tímidos.

Fomos andando até a escada que ficava no final do corredor, mas eu hesitei em descer.

- Eu sinto dor no joelho direito.

- Isso não é um problema.

Ele veio até mim e em um rápido movimento, que me assustou, me pegou em seu colo, colocando os braços embaixo de mim e descendo a escada. A sua boca tava tão próxima da minha e tudo o que eu queria fazer era beijá-lo de novo. E eu ia, se não fosse por minha mãe insistindo para chegarmos logo na cozinha.

|...|

A noite estava ótima. Depois de termos comido cachorro-quente, minha mãe insistiu em jogar baralho, então assim fizemos. No meio do jogo, ela perguntou como nos conhecemos, afinal, ela sabia que havíamos nos conhecido há pouco tempo. Eu achei que contar a história do quase atropelamento não ia ser nada legal para uma mãe escutar, então simplesmente respondi "escola".

- Bem, já são 18h, eu acho que vou indo para casa antes que escureça.

- Oh, ok. Foi muito bom te ter aqui, Chris. Sinta-se bem vindo para voltar sempre que quiser - Eu estava estranhando todo esse tratamento especial de minha mãe com ele, mas ok.

- Obrigada Sra. Rose.

- Eu te acompanho até a porta - disse me levantando da mesa.

Minha mãe foi arrumar a mesa, enquanto eu fui acompanhando Chris. Eu abri a porta e, quando ele foi passar, pegou no meu braço e me puxou para fora junto.

- Eu quero você - seus olhos estavam tão firmes nos meus que eu juro que podia parecer que iam me furar - Eu quero fazer isso, nós, funcionar. E eu quero fazer direito. - Eu queria falar alguma coisa. Fazer alguma coisa. Mas a realidade era que eu tava travada, só conseguia sentir minhas bochechas la no alto de tanto que eu sorria. - E algo me diz... - Nós estávamos tão próximos, e então num segundo, sua língua invadiu minha boca. Foi muito bom, mas durou pouco - ...Que você também me quer.

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esse foi o capítulo de hoje, espero que tenham aproveitado!!! Não foi muito grande, amanhã irei tentar postar um novo à noite, mas, se não sair, terça à noite sai com certeza!! 🖤🖤 um beijo pra vocês <3

alive - SKAMOnde histórias criam vida. Descubra agora