Fenótipo Amor [REVISANDO]✔

2. Desastre [EDITADO]

Niara não sabia como descrever quela sensação que se instalava em seu coração. As semanas após sua doação se sucederam, ela já estava de volta a sua rotina cansativa que se dividia entre trabalho e faculdade. Mas algumas vezes, Niara pensava em um certo alguém que agora graças a ela estava tento um novo recomeço. E logo seis meses se passaram.

Aquele era só mais um dia normal de trabalho, em que Niara limparia mesas, seria simpática com os clientes e voltaria para casa cansada, e ela estava olhando o relógio ansiosa para seu fim de turno, quando seu gerente Edgar, um homem na casa dos trinta anos e com seu um metro e oitenta de altura, com um sorriso encantador se aproximou chamando atenção de Niara que fazia a limpeza de uma das mesas do restaurante.

- Niara, eu sei que é quase seu fim de turno, mas... – ele fez uma longa pausa antes de continuar – Será que você poderia ficar um pouquinho a mais?

Niara só queria responder um não bem curto, já que não se sentia bem e só gostaria de ir para casa descansar.

- Hoje temos uma reserva muito importante, é queria que você fosse a responsável.

- Eu fico, mas em troca quero um dia de folga, tenho muitas coisas atrasada da faculdade que gostaria de colocar em dias. – Ela falou fitando os olhos castanhos de Edgar.

Edgar respirou fundo, estava nervoso de alguma forma e só queria que aquela noite correr tudo bem.

- Certo, dois dias.

Após concordar com o pedido de Niara, Edgar deu as costas e saiu caminha do para dentro de seu escritório.

Niara estava exausta, seus sapatos de salto alto já lhe incomodavam e ela estava há horas sem comer nada e não sabia quanto tempo ainda iria ter que esperar pelo convidado especial. Ela parou para descansar alguns minutos, e retirou por alguns segundos seus sapatos quando Luísa se aproximou. Luísa também era funcionária do restaurante, ela era auxiliar de cozinha, era uma bela mulher.

-Está tudo bem Niara? – Luísa perguntou sentando ao lado de Niara – Você está com uma cara abatida?

-São apenas esses sapatos, nada demais. – Respondeu colocando os sapatos novamente no pé.

- Tem certeza? – retrucou Luísa.

Niara balançou a cabeça confirmando, mas ao se levantar sentiu uma vertigem e assentar-se novamente.

-Vou falar com Edgar, dizer que você não está bem e... – Antes que Luísa toma-se uma atitude, Niara foi logo retrucando.

-Lu, eu estou bem, foi apenas uma vertigem por eu ter me levantando rápido, agora me deixar ir que estão me chamando – Falou-se colocando de pé novamente e mostrando que estava tudo bem para a amiga.

Niara voltou para o salão aonde se despedia com um sorriso simpático de alguns clientes, alguns já eram até conhecido pois estavam sempre a frequentar aquele local.

-Até outro dia Niara – Um dos Senhores que estavam de saído falou para Niara que se aproximou da mesa para poder recolher o que estava sujo.

Ela já havia recolhido quase tudo e faltava apenas as tacas, mas ao se virar com destino a cozinha, Niara sentiu novamente tudo girando a sua volta perdendo assim o equilíbrio e esparrando seu corpo pequeno em alguém que se aproximava, deixando todas as tacas que antes estavam em uma bandeja irem para o chão, e o liquido que ainda continha em alguma delas acabou espirrando.

Tudo que Niara conseguia pensar era em diversos palavrões e xingamento para si, por ter deixado algo tão extremo assim acontece.

Ela estava tão envergonhada por tal situação que não conseguiu encarar o rosto do homem desconhecido, e apenas falou repetidamente.

- Me desculpe, eu sinto muito, irei recompensá-lo pelo estrago. – Falou ao notar uma marcha de vinho, em sua camisa social.

- Você não teve culpa, foi eu que me coloquei em seu caminho – Ele respondeu também se sentindo desconfortável por tal situação.

Niara que só conseguia notar os cacos de vidros e as marchas de vinhos em sua frente, se abaixou para tentar amenizar o vidro espalhando, quando soltou uma expressão de dor.

- Você se machucou? – ele perguntou ficando na altura de Niara e segurando em sua mão.

-Mas o que aconteceu aqui? – A voz de uma terceira pessoa, que via toda cena de longe fez Niara parar de encarar a destruição que havia feito e encarar a pessoa que estava próximo a você.

Ao levantar seus olhos, Niara encarou ele que olhava atentamente para ela com um ar de preocupação.

- Niara o que aconteceu aqui? – Edgar se aproximou

Edgar havia falado outra coisa, mas Niara estava perdida demais nos olhos verdes de um certo alguém para notar o que estava acontecendo a sua volta. Mas não era somente ela que se encontrava assim pois ele também a observava, porém a voz firme de Edgar pronunciando seu nome, vez Niara volta a realidade e só então notou que talvez tivesse olhado tempo demais para ele, e apenas se desculpou novamente e seguiu Edgar para seu escritório.

Niara já estava preparada para a repreensão de Edgar, quando Luísa encontrou na sala atras deles.

- Luísa saia, eu quero falar apenas com ela - Edgar falou grosso e irritado.

-Ela não estava bem Edgar - Luísa falou em defesa de Niara – Você deveria prestar atenção em seus funcionários e não exigir que ultrapassem o limite de horário sem ao menos uma refeição.

Niara continuava calada apenas endo ambos debaterem sobre ela como se a mesma não estivesse ali.

- Você realmente está sem sorte, tinha de acontecer logo com o nosso convidado especial, ele é socio do restaurante. – Edgar pronunciou deixando Niara um pouco nervosa, pois realmente precisava daquele emprego.

- Vou vê o que posso fazer por você, já que é minha funcionária, mas dedicada. Explicarei que você.... – Edgar ia continuara quando batidas leves na porta do pequeno escritório fez ele parar.

Luísa que ainda estava ali se aproximou da porta, e notou a presença do homem a quem Edgar se referia.

-Deixe o entrar – Falou Edgar encarando Niara – vou tentar amenizar para o seu lado, espere lá fora.

O homem a quem todos ali se referia entrou na sala com um sorriso simpático e pedido alguns segundos com Edgar. Ambas saíram da sala e Niara ainda com vergonha do seu desastre não se atreveu em encara-lo antes de sair do ambiente.