JOGO DA MORTE

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Em uma cidade pequena todos acreditam em lendas, mas será que elas são verdadeiras? bem, talvez não, mas lembre-se elas sempre tem um fundo de verdade. Quatro jovens dizem que elas são pura mentira, se arriscando para provar que estão certos.

Lidia, Jonathan, Gabriel e Neila, estão a procura de uma nova aventura, desta vez o destino será a temida Wald Makaber, conhecida como a floresta onde você entra, mas nunca mais sai.

Os jovens chegam e caem na gargalhada, pois a floresta parece igual a qualquer outra, montam suas barracas e acendem a fogueira, sem esquecer o mais importante, seus cigarros de maconha. Os jovens riem mais ainda, pois ainda não aconteceu nada com eles - Lendas, é pura mentira - Gabriel diz fumando o seu cigarro.

Ali mais adiante entre as sombras das árvores, alguém observa, o Sr. Macabro que é como gosta de ser chamado, olha aquelas pessoas usarem drogas e um sorriso aparece em seu rosto, enquanto os jovens montam um jogo.

- Gostam de jogar? Então vamos nos divertir - Diz Sr. Macabro dando-lhes as costas e indo embora com um sorriso assustador, os jovens mal sabem o que os espera.

Jonathan pega uma garrafa e coloca no centro, fizeram um círculo e estão sentados com as pernas cruzadas, Lídia uma moça de dezesseis anos, de cabelos curtos, loiros e com mechas rosas, olhos castanhos escuros, é gordinha, gira a garrafa.

- Verdade ou consequência? pergunta quando a garrafa para nela e em Gabriel um garoto magro, com o rosto sofrido e abatido, teve uma vida muito ruim e isso aparece até em seus gestos, ele sorri por ter sido escolhido e diz:

- Seria bem interessante se está floresta fosse mesmo assombrada, uma pena que não! Escolho verdade, porque gosto de correr riscos, e não tenho nada a perder mesmo! - Diz a Lídia que sorri maliciosa.

- Diga-me, está com medo desta floresta? pergunta a Gabriel, que gargalha.

- Essa floresta é a maior mentira que existe, não me faz nem cócegas - Diz o garoto orgulhoso e Lídia sorri, gira a garrafa novamente que para na direção de Lídia e Neila.

Neila é quem fará a pergunta.

- Verdade ou consequência? Pergunta Neila, uma garota de dezoito anos, cabelos castanhos e cacheados, olhos escuros e expressivos, que demonstram inteligência.

- Consequência! Diz Lídia e Neila sorri maliciosa, pensa em qual castigo pode dar a amiga.

- Tire uma peça de roupa - diz Neila e Lídia arregala os olhos, pois morre de vergonha do seu corpo.

- Qual é Neila, sabe que tenho vergonha - os meninos e Neila riem da amiga.

- Pensasse nisso antes de pedir consequência, são as regras. - diz Jonathan.

- Prefiro vender minha alma ao cape...! - Neila corre e tampa a boca da amiga.

- Ficou louca, não chame esse tipo de companhia e quer saber Lídia acabou minha maldita paciência, você estragou a brincadeira, broxei total, vou dormir... Neila diz e sai furiosa indo em direção a barraca que vai dividir com Gabriel. Eles ficaram olhando Neila sumir dentro da barraca e olharam para Lídia.

- Nossa quanto drama, acabaram com a brincadeira que mal tinha começado. - Diz Gabriel rindo e coçando a cabeça, pega o cigarro de maconha da mão de Jonathan e da uma tragada.

- Alguém mais quer ficar chapado, porque eu já estou muito louco. - Diz Jonathan. Gabriel ri da cara inchada do amigo e olha para Lídia.

- Porque não escolheu verdade, se não estava disposta a pagar o castigo da consequência!? - pergunta Gabriel, e Lídia cruza os braços com raiva.

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