Água e Óleo - One-Shot Drarry.

*2

Ele se vira, um pobre garoto magricela e amendrontado, escondido num canto qualquer da mansão malfoy, enquanto o pai batia na mãe, que suportava tudo calada por medo de perder o seu filho. Agora que Narcisa estava bem, e distante do monstro, que era o seu marido, Draco poderia quase agradecer ao Potter. O santo Potter. Sempre o centro das atenções, sempre o eleito, o garoto que saia das sombras e salvava a todos com suas orbes verdes e corpo magricela.

Maldito Potter.

De tempos em tempos, lembrava-se das palavras de sua mãe: você deve voltar Draco, deve mostrar a todos eles que é melhor que as aparências. Era por ela que ele tinha voltado para aquele lugar, juntamente a todos, o ano que tinha perdido durante batalha. Começar de novo. Longe dos fantasmas de sua infância, longe das torturas quais tiveram como palco no salão principal da mansão Malfoy. Tentaria esse ano por ela. Ele sorria, mas a vontade de Draco era sumir, adentrar na quela floresta e ser morto pela primeira criatura que encontrasse. O receio que as pessoas nutriam pelo loiro acabou tornando-se medo.
     Sem nem ao menos olhar pelo perímetro, retirou um maço de cigarros da sua calsa de linho. Nem se importava com os problemas futuros que poderia ter, queria apenas descansar e esquecer que todos o odiava. A nuvem de fumaça que saia da sua boca não o fez perceber quando alguém se aproximou-se e parou ao seu lado.

     Draco virou a cabeça com a sua expressão de malfoy, que fazia qualquer um sair correndo. Mas dessa vez não funcionou.
Era ele.
O santo Potter.
                                                                    
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