Louie: em qual parte do mundo você está agora?
Duas semanas haviam se passado desde o jogo. Eu e Louis não havíamos nos visto de novo, obviamente, mas também não perdemos o contato e desde então, estamos sempre nos falando através de mensagens, snapchats e até mesmo uma ligação (uma vez, há quatro dias atrás quando eu estava em Verona). A nossa conversa é fácil; simplesmente flui de maneira agradável enquanto falamos sobre tudo e sobre nada. Ele é divertido e implicante, mas não de uma forma ruim e sim daquele jeito que te faz sorrir e ansiar por mais.
Eu sempre o envio piadas idiotas e vídeos bobos e ele sempre me manda um áudio de suas risadas como resposta; risadas altas e desimpedidas que aquecem meu coração de uma forma perigosa. Ele reclama dos treinos e do cansaço e eu apenas deixo que ele fale, dando minha opinião vez ou outra. Ele também ouve meus desabafos e é bom saber que eu tenho alguém de fora com quem posso contar, alguém que não vai dizer que sou ingrato por reclamar da vida de vez em quando. Nós também gostamos de trocar ideias sobre filmes, música e série.
Nós funcionamos.
Eu: Rio de Janeiro, no Brasil. Amanhã é o meu último dia, eu tenho um ensaio de manhã e de noite pego meu voo para o meu próximo destino.
Por uma semana inteira, o twitter explodiu e tudo sobre o que a mídia falava era a minha a presença no jogo do ManU e sobre as fotos nossas se abraçando no campo após a partida ter terminado. Os fãs, claro, não deixaram passar e novas teorias, novos surtos e novas brigas entre eles eclodiram por toda a minha timeline e notificações. Contudo, nos últimos dias, eles têm estado bem calmos. Talvez pela falta de interação pública entre Louis e eu. Talvez porque já tenham se cansado de tentar descobrir a verdade.
Verdade um pouco decepcionante, tenho que acrescentar.
Sei que não estou autorizado a pensar dessa forma, uma vez que eu fui aquele quem impôs a condição de "amigos ou nada mais". Entretanto, todas as situações admitem um porém. E o meu porém é que esses dias longe de Louis e de toda a confusão nos cercando quando estamos juntos me fizeram pensar muito e eu cheguei à conclusão de que eu nunca vou conseguir ser apenas um amigo.
Não quando eu sei que ele me quer também. Não quando eu sinto essa conexão sobre a qual ele diz que nós temos. Não quando antes de me deitar, eu fico repassando aquele beijo várias e várias vezes até pegar no sono. E, definitivamente, não quando as suas mensagens atenciosas e as nossas conversas diárias, que apesar de singelas, se tornaram parte fundamental da minha rotina.
Louie: Para onde você vai depois?
Sua mensagem me faz rir. Nós criamos uma espécie de hábito bobo em que todos os dias ele me pergunta onde eu estou e para onde eu vou em seguida. Mas eu mantenho isso em uma surpresa e só o respondo quando já estou no meu destino.
Eu: espere e verá!
É estranho dizer que sinto falta dele quando nós convivemos tão pouco pessoalmente?
Louie: posso te ligar pelo facetime?
Eu: yep!
Não demora mais do que alguns segundos para seu nome brilhar na tela do celular em um convite para uma chamada de vídeo e eu sorrio contente, clicando no verde para aceitar.
– Hey! – Ele diz, sua voz rouca soando alta e animada através dos pequenos auto-falantes – Onde você está? – Ele franze o cenho, curioso, para o cenário atrás de mim.
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can't say that i'm in love
FanfictionHarry Styles é um modelo mundialmente conhecido por quebrar os padrões de gênero. Louis Tomlinson é o jogador estrela do time de futebol, Manchester United, do qual H é um grande fã. Esbarrões em grandes eventos, trocas de tweets e uma parceira repe...