Capítulo 2: Passado parte 2.

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Acordei sem saber onde estava, logo de cara senti que estava andando, olhando ao meu redor, percebi que estava em uma vã, para onde estava indo? Não fazia ideia, a mulher que veio ao meu encontro, estava ao meu lado, olhando para mim ternamente, ela olhou para um rapaz que até então não fazia ideia de que ele estava ali na vã e disse:

" Tiago por favor aplique o sonífero nele, antes que ele comece a se agitar."

Ao ouvir a palavra sonífero, meu coração acelerou, tentei me mexer para sair dali, mas vi que meus pulsos estavam presos, vi o rapaz que se chamava Tiago vir até mim com uma seringa, eu gritei em agonia:

" Por favor não!"

O rapaz sorriu, um sorriso maléfico, não se importando com o que eu sentia, ele simplesmente colocou a agulha da seringa em meu braço esquerdo, e eu senti o líquido que iria me fazer dormir, penetrando o meu corpo, em poucos segundos tudo ficou escuro e eu não vi mais nada...

***************

Mais uma vez eu acordara do meu sono, as lembranças vinham vagamente a minha mente, ainda estava deitado, meu corpo estava dormente, estava sendo conduzido para algum lugar, ouvi a voz da mulher que estava comigo na vã, o rapaz que aplicara o sonífero em meu corpo, estava do outro lado da maca em que estava deitado, ou melhor, preso a ela, conforme eu andava, percebia que estava em uma estrutura de concreto pesado, luzes brancas, aquelas de laboratórios científicos, estavam no teto, deduzi que eu era a cobaia de uma experiência de uma lunática, porém não sabia o que fazer, ou melhor, não tinha o que se fazer, a não ser, aguardar.

Conforme andávamos, mais lembranças surgiam a minha mente, lembrei da morte do meu pai, do dia do meu aniversário, pelo menos o meu nome eu sabia, a mulher ao meu lado colocou a sua mão sobre a minha, ela acariciando disse:

" Acalme-se meu filho, em breve tudo vai ficar bem."

Filho? Quem era aquela mulher? Porque ela me chamou de filho? Minha mente estava uma bagunça, não sabia onde estava, e muito menos que dia era, me lembrei que minha mãe havia sido morta quando nasci, com sede respondi:

" Minha mãe morreu quando nasci, não me chame de filho."

Ela deu uma risada carinhosa, e por fim respondeu:

" Eu sou sua mãe e não morri no parto meu querido, eu apaguei suas memórias e coloquei outras, mas na hora certa eu vim buscar você, como prometi."

Eu revirei meus olhos, aquelas informações todas estavam me deixando tonto, minha mãe não tinha morrido, ela estava bem ali ao meu lado, agora o meu pai, foi assassinado no dia do meu aniversário, lembrei que eu explodi de tanta tristeza que saiu fogo de mim, fogo! Era isso! Se eu fosse capaz de fazer com que aquele fogo saísse de mim de novo, talvez eu me libertasse dessas amarras, e com muita sorte eu conseguisse fugir desse local estranho e desconhecido.

Fechei meus olhos, tentando me concentrar, pensei em alguma coisa que fizesse o fogo sair nas minhas mãos, porém tudo foi em vão, nada aconteceu, quando abri meus olhos de novo, estava entrando em uma sala, além da luz que estava no teto, via rochas, rochas muito grandes e pesadas, algumas pontudas, depois de ser conduzido mais um pouco, senti que estava em pé, e o que vi realmente me preocupou, o local era mesmo um laboratório de ciências, e eu definitivamente era a cobaia para aquele experimento, não sabia qual experiência seria, mas uma única palavra passou na minha cabeça definindo aquilo: malucos.

Senti minhas amarras se afrouxarem, queria lutar, mas não conseguia, estava fraco de mais para tal coisa, me deixei ser carregado, sem forças, não vi onde me colocaram, só tinha certeza que estava em pé, ao abrir meus olhos vi que estava preso em um grande tubo de vidro, vi que meus pés estavam presos por cabos, senti uma fisgada na nuca, tinham colocado alguma coisa na minha cabeça, logo depois colocaram algo em minha boca para eu respirar, queria sair dali, mas não tinha forças para sequer pensar em alguma coisa, com a voz cansada perguntei:

" O que você quer de mim?"

A mulher que se dizia minha mãe falou:

" Renan, você é a mistura perfeita dos escolhidos, você é meio oriental, e meio ocidental, você é o representante da casa de leão, o signo ocidental, e também é o representante do signo de serpente, que corresponde a minha linhagem sanguínea, que é o lado oriental."

Eu ainda sem entender nada perguntei:

" Mas o que você quer de mim."

Ela respondeu:

" Uma coisa simples: Vou criar um clone da sua pessoa, com as duas habilidades, ele será um infiltrado, vai destruir vocês de dentro, e assim meu plano de acabar com as casas ocidentais se concretizará."

Surpreso eu fiz mais uma pergunta:

" Como você vai criar um clone meu? Ele não será eu, não vai agir como eu ajo, e muito menos pensar como penso, não vê que isso é loucura?"

Ela gentilmente respondeu com um sorriso maléfico em seus lábios:

" Ai que você se engana meu filho, você tem cabos espalhados pelo seu corpo, quando o clone for criado, todas as emoções que ele sentir, você sentirá, sua personalidade será transmitida a ele, e ambos serão ligados, seu poder será o dele, e com isso acabarei com todos."

Agora tudo fazia sentido pra mim, a fisgada que senti na minha nuca, os cabos presos ao meu corpo, eu realmente era cobaia de uma experiência maluca, a mulher então continuou dizendo:

" Bom chega de papo, preciso criar o clone que me fará uma rainha."

O rapaz que se chamava Tiago, apertou um botão, e onde estava começou a ser inundado, enquanto a água subia eu olhei para a mulher e disse:

" Quando eu sair daqui, eu mesmo vou matar você."

A água passou pelo meu rosto, senti um líquido sendo injetado no meu pescoço, e por fim eu apaguei, porém antes de tudo ficar escuro a ouvi dizer:

" É o que veremos minha criança, é o que veremos."

Sexta-feira chegooou!! Agora sim teremos postagens contínuas, aguardem que segunda-feira tem mais!! Beijos!

Herdeiros do Zodíaco - LeãoOnde histórias criam vida. Descubra agora