A marca

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(Taehyung POV)

Era um dia lindo e quente, aos meus olhos, um dia perfeito para ir até a cachoeira que fica distante do lugar onde eu moro. Eu sempre visitava lugares distantes para poder apreciar paisagens novas, não gostava de me sentir preso a minha pequena cidade onde, apesar de ter lugares lindos que não me canso de visitar, já conhecia tudo perfeitamente bem.

Arrumei minha mochila colocando peças de roupas extras, meus fones os quais nunca saio sem, minhas duas baterias extras carregadas para o celular porque é sempre bom estar prevenido e agora só faltavam os lanches para passar os dois dias. Era sábado e eu precisava de um longo descanso por causa da semana de provas da faculdade que graças aos deuses finalmente acabou. A ideia era acampar por lá. Claro que minha mãe nunca deixaria de primeira e se eu desse a ela a chance de pensar sobre, então o plano é falar agora e ser o mais convincente o possível.

A melhor coisa de todas foi quando meu pai me deu um carro, no qual ele juntou dinheiro por dois anos, no meu aniversário de 17 anos, desde então, sempre que posso, vou acampar em algum lugar que me chame atenção, seja sozinho como de costume ou na companhia de alguém e normalmente esse alguém era sempre meu pai ou o Jimin que no caso é meu melhor amigo desde o fundamental.

Agora que estou com 20 e estou na faculdade às coisas ficaram mais difíceis pra eu sair e relaxar um pouco. Sempre ando ocupado com deveres, trabalhos, testes, provas. Juro que os meus professores arrumam qualquer coisa para nos deixar loucos com tantos afazeres e que eles se divertem com isso.

Assim que terminei de arrumar minha mochila e chequei para ver se não estava faltando nada desci para ir de encontro com minha mãe. Ela estava na cozinha juntamente com meu pai e ambos estavam em uma conversa animada. Quando os vejo juntos eu fico pensando se um dia quem sabe eu também não possa ficar dessa forme com alguém que me ame tanto quanto eles se amam.

- Bom dia filho, vai a algum lugar? - meu pai me perguntou com a sobrancelha levantada.

- Bom dia e pretendo ir sim se permitirem é claro. - Falei fazendo minha cara mais fofa para minha mãe. Meu pai era praticamente certeza que me deixaria ir, mas ela era difícil de convencer. Então o melhor modo é ser o bom e fofo filho que ela ama.

- Aonde pretende ir? - ela me perguntou curiosa.

- A cachoeira que fica não muito longe daqui. - a respondi colocando um pedaço da torta de morangos que estava sobre a mesa em meu prato. Realmente amo morangos.

- Não muito longe... Isso quer dizer nada perto daqui não é? - ela retrucou. De fato ela me conhecia bem. Sempre que eu dizia que não era algo muito longe queria dizer que também não era perto de casa.

- Não precisa se preocupar mãe - falei sorrindo para ela - Vai ser só por hoje e amanhã e eu voltarei antes de escurecer. - o olhar que eu a lançava era de suplica. Eu realmente queria ficar em um lugar calmo. E aquele local era perfeito.

- Não sei filho, seu cio deve estar perto. - ela me respondeu preocupada.

Esse era um dos problemas de ser ômega. Sempre tem o cio para atrapalhar nossa rotina. E tudo ficava pior quando não se era um ômega atado como no meu caso.

- Eu tomei a injeção para prevenção de gravides ontem, então mesmo se algo acontecer, a senhora não precisa ficar preocupada. - a respondi segurando suas mãos - e também não é como se todos os alfas do mundo fossem a uma cachoeira logo no dia que um ômega prestes a entrar no cio vai não é? - perguntei fazendo uma careta pensativa a fazendo rir.

A sua preocupação era totalmente compreensível. Quando um ômega esta em seu cio, ele não pensa corretamente. A única coisa que importa nesse momento é ter prazer e alivio. Eu não sou um caso aparte e meus cios tendem a ser longos e sôfregos.

Until the endOnde histórias criam vida. Descubra agora