Chapter II - THE PRODUCT

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NOTAS INICIAIS

♦ Como o próprio título diz, saberemos mais um pouco sobre "o produto" adquirido pelo Scott no LCDH (leilão clandestino de humanos). 

♦ Leiam o capitulo ouvindo a música "Winstons Bird-of-Paradise" do Jacob Shea, que está disponível na playlist da fanfic (link externo).

Se você é leitor(a) novo(a), favorite, acompanhe a história e não deixe de comentar o que está achando!

Divirtam-se! ♥  

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Black Veil

23 de maio de 2062 – 8:22 AM

Um dos quartos do Castelo A. D. Biersack

Região/local desconhecido

***

Acordei no susto, de uma vez. Levanto meu tronco e fico sentada na cama. Coloco as mãos na cabeça, que lateja. Por um momento tudo parece rodar. Eu reajo assim sempre que aqueles idiotas me dopam. Olho para meu corpo, desesperada e percebo que estou com a mesma roupa, intacta. Porém sem as correntes e sapatos. Não parece ter sido tirada e depois colocada de volta. Um certo alívio toma conta de mim.

Observo ao meu redor. Estava num quarto com uma decoração semelhante aos do LCDH, porém com mais refinamento, bom gosto e menos modernidade. Um tanto quanto rústico. A última coisa que me lembro, é de me vestirem e... Argh! Ser levada pelo brutamontes que eles chamam de segurança. Acho que nada mais depois disso... Não sei, estou um pouco confusa...

Decido me levantar para olhar melhor o ambiente e descobrir onde realmente estou... Calço meus sapatos, que estavam no chão ao lado da cama. Chego na conclusão que esse definitivamente não é um dos quartos do leilão. A pintura, decoração, e quase todos os móveis, feitos de madeira, eram negros. Começando pela cama de casal, com um lindo dossel ornamentado. A colcha, de veludo, era uma das poucas partes que continham a cor vinho bem escuro. Além dela, apenas as cortinas, o estofado do sofá de frente para a lareira e o do que ficava aos pés do tálamo.

Ao chegar em uma das várias janelas, movo para os lados os grossos panos de veludo que a cobriam e observo através dos vidros. Já era dia, porém a neblina não permitia que eu visse muita coisa lá fora, além de galhos de árvore retorcidos. Fiz o mesmo nas demais, mas foi em vão e assim acabo desistindo.

Uma dor sem fim toma conta do lado esquerdo do meu pescoço. Ando até um espelho emoldurado com os mesmos ornamentos da cama, que está na parede acima de um aparador com quatro gavetas e tombo a cabeça, para ver se tem algum machucado ou coisa do tipo. Mas não há nada. E não me lembro de ter tomado nenhum golpe nessa área, além do mais não há nenhuma marca em minha pele e mesmo assim a dor persiste. Estranho.

Olho para as duas portas existentes no cômodo. A primeira, ficava na diagonal de um dos cantos do quarto. Averiguo e se trata de um banheiro arredondado, todo vermelho, exceto pela pia, vaso e banheira, que são negros. Saio de lá de dentro e vou até a segunda, que ficava do lado da cama e giro a maçaneta, que abre. Surpreendo-me, pois imaginei estar presa aqui.

Coloco minha cabeça para fora e olho. O corredor à direita está vazio e tem pouca luz por causa das cortinas cobrindo as vidraças no fim dele. Mas é o suficiente para enxergar o ambiente com nitidez. À frente, consigo ver uma escada para o andar de cima e no fim da passagem, outra porta. Nenhum sinal de outra pessoa. Não sai da minha mente a possibilidade de estar dentro de algum tipo de armadilha. Será que realmente sou a única aqui? Não é possível!

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