NOTAS INICIAIS
♦ Finalmente veremos o que aconteceu com o encontro dos dois!
♦ Leiam o capitulo ouvindo a música "Meet John Constantine" do Brian Tyler com Klaus Badelt, que está disponível na playlist da história (link externo).
Se você é leitor(a) novo(a), favorite, acompanhe a história e não deixe de comentar o que está achando!
Divirtam-se! ♥
†
Scott Wattkins
23 de maio de 2062 – 08:06 PM
Segundo andar do Castelo
***
Ela fica paralisada quando se dá conta da minha presença. Pensei que sentiria medo, mas na verdade está surpresa e um pouco decepcionada. Não parece mais estar sob efeito dos tranquilizantes, como quando a deixei no quarto essa madrugada. Continuei encarando-a sério. Acordei a pouco e espero que não tenha destruído minha casa, caso contrário não respondo por mim.
- Desculpe. – ela desvia o olhar de mim e volta para a janela. – Pensei que fosse a única aqui nesse... – faz uma pausa de alguns segundos. – Castelo. Mas agora me lembro que você é meu comprador.
O que ela pensa ou deixa de pensar definitivamente não me importa. A única coisa que preciso agora é impor algumas coisas para evitar qualquer tipo de problemas para o meu lado. Farei isso também como uma forma de testá-la. Estou arriscando demais. Se não der certo, algo sair do meu controle e ela não cooperar ou tentar testar minha paciência, morre.
- Venha comigo, agora. – ordeno, ignorando completamente suas palavras e vou andando na frente. Black Veil sai de frente da janela, ainda enrolada na coberta e me segue a contragosto. Desço as escadas e me sento na ponta da mesa, de frente para a entrada. Agora, as luzes estavam acesas. – Você é sempre tão lenta assim? – ergo uma sobrancelha observando-a andar calmamente pelos degraus. Nunca vi ninguém mais devagar na minha vida.
A moça me fuzila com seus olhos acinzentados, mas não rebate minha fala e se senta ao meu lado, cruzando os braços, contrariada. Seu cabelo está levemente bagunçado, o que me deixa um pouco incomodado e com vontade de arrumar, mas deixei para lá. Ela pelo visto também não notou isso.
- O que você quer afinal? – pergunta, sem olhar para o meu rosto, mas percebo que analisa as tatuagens em minhas mãos.
- Estabelecer regras. – entrelaço os dedos e pouso minha mão no tampão. – Mas primeiro me responda, o que andou fazendo na minha ausência?
Ela descruza os braços e olha para baixo, pensando na melhor forma de me responder.
- Eu cozinhei e comi quase tudo que estava na geladeira e depois fiquei lendo um livro na biblioteca.
- Só isso? – me surpreendo, não é possível!
- Sim. – finalmente me olha. - O que mais queria que eu fizesse? Todas as portas de saída estavam trancadas... – dispara, de forma ríspida.
- Espero que você esteja dizendo a verdade porque eu detesto – dou ênfase nessa palavra. -mentiras.
- Se tiver câmeras espalhadas por aí, vai comprovar o que estou dizendo. – volta a olhar para frente.
Isso foi uma espécie de insulto? Desde quando eu preciso de câmeras para me dizerem o que acontece ao meu redor? Faça-me o favor!
- Enfim...
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Blood Moon
VampireAno de 2062. O mundo evoluiu um pouco, mas ao mesmo tempo com o passar dos anos se tornara sombrio, mais corrupto, mais decadente e menos humanizado. Por causa das devastações trazidas pelas grandes guerras nos anos anteriores, movidas pela ambição...