XVIII. As Vezes Sou.

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Era uma ligação como todas as outras
Mas de repente você ouviu minha voz de choro
Meus suspiros vazios e minhas palavras poucas
Ah! Era aquele suspiro do "perdi"
Era aquela voz de choro tentando sorrir
Era aquele "você tá bem" com vontade de dizer " vem aqui"
Eu chorei por três dias seguidos, não me alimentei
Minha fome se foi, esperanças, amor, sede
Aquela sede que eu tinha perdi, falhei
Agora resta a dúvida, se te deixo morre a bela flor de algodão
Se eu fico morre a podre flor de cacto
Ah, corrói tudo essa decisão
Se teu encanto parasse de me atormentar
E esse teu brilho no olhar parasse de me perseguir
Prometo que jamais iria lutar
Mais forte que o mar
Mais perigoso que a tentativa no medo de errar
Esse é o tamanho do meu amor
Sua caricatura invertida, seu pestanejar
Não sai da minha mente o seu imenso valor
Se não fosse amor já teria desistido
Já teria ido, como o vento livre sou
Mas dessa vez virei folha e me prendo em teus galhos partidos,
Se o vento me levar, Perdoa
Posso virar grão de areia
Mas se tu se for, tua voz ecoa
Não se vá, não vire nenhum grão removível
Você nasce em mim todo dias
Você é meu grão invisível.

Efeito Panda 🐼

A memória e as coisas.Where stories live. Discover now