Butantã, 22:30 da noite, frio
Na fila do metrô espero
Sem dar nem um "pio"
Observo cada rosto a passar
Enfim, o metrô chega
Todos entram, eu a esperar
Sento, observo mais um pouquinho
Cada estação desce um sonho
Cada estação alguns descem de fininho
Cada estação desce uma dor
Cada estação desce um fone no volume máximo
Cada estação uma nova flor
Metrô Butantã, lugar esquisito e estranho
Todos me olham, sou diferente
Sem pensar, eu me acanho
Abaixo a cabeça observo mais
Alunos da USP, pais de família,
Casais héteros, homos, casais
Enfim 22:54 metrô Corinthians-itaquera
Nele embarco, nesse mal observo
Nada de estranho, nenhuma paquera
Pessoas sentadas no chão
Eu com a cara enfiada na porta esperando a próxima estação
Observo o escuro passando rápido sobre minha vista
Lembro da minha vida, do que acontece
Do escuro que grita "Persista"
Enfim chego ao destino, Anhangabaú
Vou à caminho da escada rolante
Dou passos lentos, observo mais
Minha vida vira um filme naquele instante
Do local ao destino observo, imagino
Observo cada rosto, cada expressão
O que elas dizem, quem vem, quem vai indo.Efeito Panda. 🐼
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A memória e as coisas.
PoésieLivro no qual relato experiências e fragmentos da realidade, poemas e etc...