A memória e as coisas.

XIX. Triste Marinheira.

Eu ando pelas ruas com lágrimas nos olhos
Eu choro aqui encolhida no sofá
Meu coração explode de dor
Tudo isso porque você não está
A lágrima cai sobre o sofá e me faz lembrar que eu caí
Caí alto sem você, desmoronei
E ninguém esteve comigo
E 24 horas por dia chorei
Chamando teu nome, chorando alto
Gritei e falei quão fracassada eu sou
Perdi, tenho certeza, meu coração parou
Perdi meu amor, meu dengo, agora nada sou
Eu que sempre só quis te dar amor
Eu fui obrigada a parar,
Agora não existe mais calor
O frio consome, lágrimas e dor
Não tenho mais você nem quem possa me ajudar
Não tenho nada, triste marinheira
Que vai acabar sua triste vida no mar
Mar esse que molha o sofá
Que faz pensar e concluir:
Fracassada, é melhor parar
E se acabar no mar,
Marujo prepare as velas e o mastro
Bandeiras se ergueram
Triste marinheira, se foi sem deixar rastro.

Efeito Panda 🐼