Capítulo Doze

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Saímos dá empresa e eu ainda não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer no que eu tinha feito. Depois das coisas horríveis que Bernard fez comigo eu ainda não o detestava eu ainda quis ficar com ele, ainda quis ficar naquela casa mesmo sabendo que ele poderia acordar dessa ilusão de que sente algo por mim.

- No que está pensando?- Bernard perguntou tentando olhar para mim e para a estrada.

- Não nada...- falei num suspiro fundo.

- Olha, estou tentando ser o mais compreensível possível se você não me ajudar não vai dar certo.- ele falou sincero e eu não queria ficar com aquilo guardado.

- Bernard você realmente acha que sente algo por mim? Sério eu não quero me iludir para depois você me dizer que não foi nada, que não passou de um engano como você faz.- falei e era mesmo o que eu queria saber naquela hora.

Ele me olhou um pouco depois voltou a fitar a estrada, não falou nada estava calado apenas pensando. Imagino que não fui grossa a ponto de fazer​-lo ficar assim, mas eu não podia ficar com aquilo guardado. Depois de um tempo estávamos em casa, eu fui para o quarto e não vi onde Bernard tinha ido mais acho bom ele ficar sozinho para pensar.

Quando entrei encontrei duas malas com minhas roupas não quis desarruma-las pois não sabia o que seria decidido por Bernard, não sabia se iria mesmo ficar aqui com ele. Enquanto esperava ele dar algum sinal de que queria conversar sobre hoje sai do quarto e fui andar um pouco num pequeno jardim que há atrás dá casa. Fui até lá e fiquei observando cada detalhe é um lugar lindo com uma árvore grande no centro, a grama verde passeava sobe meus pés a cada passo que eu dava.

Estava admirando o lugar que até então nunca tinha ido. Principalmente as flores muito bem cuidadas, não me lembro de ter visto Leila vir aqui em nem um momento.

- É um dos lugares em que eu mais gosto de ficar.- ouço a voz de Bernard atrás de mim, e me sinto bem em pensar que ele quer conversar.

- É tudo muito bem cuidado, mas não acredito que você tenha tempo para vir aqui.- falo desinteressada.

- Venho pouco, na verdade sempre que posso.- ele fala enquanto caminha no pequeno lugar.

Ficamos em silêncio por alguns instantes.

- Sobre a pergunta que você me fez hoje no carro...- ele para um pouco, mais continua. - eu não tenho certeza do que sinto, mas quero ter você por perto para que você me faça entender, me faça entender porque penso em você horas do dia, porque não suporto o fato de você ter que ir embora.

Sinto minhas bochechas arderem, a cada palavra de Bernard meu coração enche-se de esperança, penso na possibilidade de que Bernard esteja mesmo construindo de alguma forma algum sentimento por mim e isso me deixa feliz.
Fico sem resposta e ele continua.

- Só fica aqui comigo, eu prometo não te machucar mais Katherine.

- Bernard eu já te falei, vou ficar, só queria ter mesmo certeza do que estava fazendo, mais agora tenho. - sorrio para ele, que retribui.

Bernard chega mais perto de mim e toca meu rosto, sinto minhas bochechas corarem e ele sorri da minha situação.

- Gosto de te ver assim, gosto do efeito que causo em você. - Bernard fala bobamente e sorri largo.

- Bernard isso é constrangedor, não diga isso. - retribuo o sorriso, e ele levanta meu queixo para que possamos nos olhar.

Seu olhar calmo e sereno que agora não transmite tristeza ou raiva é lindo, Bernard sem demora me beija calmo um beijo apaixonado e desejo ficar aqui com ele para sempre. Ficamos ali mesmo no jardim, Bernard me contou pouco sobre ele, sua família sobre e seu irmão David foi tanto que nem vimos o tempo passar, foi aí que lembrei o que tinha combinado com Dylan sobre a entrevista quis logo falar com Bernard mas me auto-interrompi ao ver Leila se aproximar.

- Senhor Bernard, o Sr. David ligou e pediu para avisar que ele e a senhorita Valerie estão esperando o senhor e a senhorita Katherine na casa de seus pais para um jantar.

- Ok, obrigada Leila. Agora pode ir.

- Sim senhor.

Leila falou e logo depois saio.

- Bernard, sobre a entrevista queria que tivesse-mos hoje mas vejo que não vai ter como, então queria marcar com você outro dia... O que acha? - falei com um certo receio.

- Tudo bem. - Bernard falou calmo e uma onda de alívio se instalou em meu corpo.

Saímos do jardim e entramos na casa para nos arrumar, entrei no quarto e vi as mesmas malas mas agora tenho certeza de que não vou embora então tiro cada peça feliz por quase tudo ter se resolvido. Entro no banheiro e tomo um banho rápido, quando saio visto um vestido vermelho com alças finas e pego um salto alto preto. Me olho no espelho e gosto do que vejo, saio do quarto e Bernard já está me esperando.

- Você está linda. - ele fala me examinando. Ele está vestido em uma calça preta com uma camisa social branca de mangas arregaçadas.

- Obrigado, senhor Bernard. - falo sorrindo para ele que retribui.

Entramos no carro e Bernard está concentrado na estrada, ficamos em silêncio e eu observo as ruas, as pessoas. Até que chegamos em um condomínio fechado onde há muitas casas, lindas casas bem arquitetadas. Bernard para em uma casa branca e enorme presumo que ela tenha dois andares. Saímos do carro e paramos na porta.

- Kathe... Eu só queria que eles não soubessem ainda... Entende? - Bernard fala antes de entrarmos e eu quase que não acredito, mas disfarço.

- Pode ficar tranquilo Bernard, até porque ainda não temos nada. - falo e tocamos a campainha.

Consequência de AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora