Capítulo Trese

24 18 5
                                    

Bernard me olhava surpreso, mas eu fingi que não percebia. Fomos recebidos por Mary mãe de Bernard que eu já havia conhecido quando comecei a trabalhar com ele. Uma senhora bastante simpática que nos recebeu com um enorme sorriso.

- Bernard querido, há quanto tempo não vem aqui... - ela o abraça.

- Estava muito ocupado, mas estou aqui agora. Já conhece Katherine, minha secretária?- Bernard sorri para a mãe dele que retribui e se direciona a mim.

- Ah sim, no primeiro dia de trabalho dela na empresa Davd a apresentou. - ela fala - Olá querida, está tão diferente de quando te vi, Bernard está dando muito trabalho?

- Ah, imagina, Bernard é um ótimo patrão. - falo sorrindo para Mary que arqueia as sobrancelhas, mas também sorri.

- Bom, então vamos entrando.

Entramos na casa que é grande e muito bonita. A casa é pintada em tom de branco e bege, há um balcão que separa a sala da cozinha e uma escada extensa com degraus de madeira que levam ao segundo andar. Há também uma mesa grande e nela estão Valerie, David e um homem de muita idade que me recordo de já ter visto ele, Richard Parker pai de Bernard. Todos levantam e nos cumprimentam, conversamos bastante até a senhora Mary servir o jantar.

- Prontinho, desculpem a demora. Valerie já sabe como são as coisas aqui, faço tudo muito caprichado por isso demoro assim.

- Então, Valerie vem muito aqui? - falo curiosa e todos me olham.

- Bom, Valerie, David e Bernard sempre foram muito amigos. Dês de muito pequena Valerie vem aqui. Não é mesmo? - fala a senhora Mary e me surpreendo, ela não havia me contado.

- Sim, conheço eles a anos. - Valerie fala.

- Então por isso vocês agora são... - Mal término a frase Bernard me interrompe.

- Katherine, lembrei que tem algo que quero lhe mostrar venha comigo. - Bernard fala levantando e me guiando pelo braço.

- Mas logo agora que eu servi o jantar Bernard, espere mais um pouco?! - fala Mary mas Bernard já me guia até o meio da escada.

- Já, já voltamos mãe. Podem começar se quiserem.

Ele troca olhares com David e em poucos minutos estamos no começo da escada. Há um pequeno corredor com piso de madeira, cinco portas, duas em cada lado e uma a minha frente. Bernard me guia até uma porta de madeira branca. Entramos e ele tranca a porta.

- O que está fazendo?! - falo e soa como um quase grito.

- Estou impedindo você de estragar mais essa besteira que David fez - ele fala tapando a minha boca -  não acredito que você ia contar a eles!

Resmungo a resposta porque Bernard continha com a mão na minha boca, até que eu aponto para a mesma.

- Vai falar baixo, ou vai começar a gritar? - ele pergunta crispando os olhos. Faço que me rendo com as mãos e ele tira a sua da minha boca.

- Do que está falando? - sussurro.

- Estou falando desse namoro que David inventou. - ele fala acendendo uma única luz fraca do quarto.

Estamos em um quarto pequeno mas bem arrumado, com uma cama e um armário. Presumo ser o da empregada, e só aí me pergunto onde estará ela.

- Não acredito que eles não sabem! Como vou adivinhar? - falo e mais uma vez o som sai alto.

- Dá pra falar baixo?! - Bernard grita e eu me assusto, pois ele falou ainda mais alto que eu.

Ouvimos uma voz lá de baixo que presumo ser de sua mãe.

- Está tudo bem aí em cima?

- Sim, podem ficar tranquilos... - ele para e pensa um pouco. -  estou mostrando os quartos a Katherine. - Bernard fala a primeira coisa que pensa.

- Tudo Bem. Qualquer coisa podem chamar. - fala a senhora Mary.

Olho para Bernard incrédula.

- Está me mostrando os quartos? Será que isso é o melhor que pode pensar Bernard? - falo e soa sarcástico. Estou quase saindo do quarto, quanto Bernard me pega pelo braço. Mas continuo com a mão na maçaneta da porta.

- O que você queria que eu dissesse? Que estou te colocando para dormir ou algo do tipo? O que podemos fazer em um corredor que só tem quartos? - Bernard fala e eu sinto minhas bochechas corarem mas não sei por que.

Ou melhor sei e acho melhor não ficar aqui dentro. Direpente o clima esquenta e em um jeito impulsivo abano meu rosto com uma de minhas mãos. Bernard me coloca contra a porta e direciona meu rosto até o dele. Estamos tão perto que sinto sua respiração contra a minha, logo Bernard me beija, um beijo apressado e devorador. Como não quero que ele pense que me tem a hora que quer não penso duas vezes antes de abrir a porta.
Bernard e eu caímos no meio do corredor, o que transmite um barulho ensurdecedor na madeira. Direpente estão todos com cara de interrogação nós olhando do final da escada.
Empurro Bernard para o lado e me levanto limpando o vestido.

- O que aconteceu com vocês? - David fala com sorriso malicioso nos lábios.

Bernard se levanta atrás de mim, e logo se recompõe.

- Katherine sempre desastrada esbarrou em mim e caímos. - ele fala me olhando com um olhar que me faz se arrepender do que fiz, mas não acredito que ele vai por a culpa em mim!

- Mas não foi bem assim... - tento me defender mas ele me interrompe.

- Não precisa se desculpar Katherine, agora vamos não jantamos ainda. - ele fala e em resposta o olho com os olhos crispados.

- É melhor mesmo. - falo e saio pisando forte na madeira.

Bernard sai logo atrás e todos voltam a mesa com caras que me faz pensar que não estão entendendo nada. Começamos a comer silenciosamente e acho melhor assim, se Bernard falar mais alguma coisa sou capaz de jogar esse prato na cara dele.

- Katherine me conte o que veio fazer aqui em Paris? - fala dona Mary para quebrar o gelo.

- Vim terminar minha faculdade de jornalismo.

- Uma ótima carreira a se engessar. Mas o jantar é para comemorar a sua entrada em nossa revista como modelo não é mesmo?

- Sim, é que Valerie e David insistiram tanto que eu resolvi fazer algumas fotos e desfilar com algumas peças, mas será só nessa coleção.

Quando término minha frase um som agudo soa em toda parte da casa e presumo ser o telefone que toma a atenção de todos.

Consequência de AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora