Capítulo Dez - Constrangida ❤

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Por mais que a vida não andasse da maneira que eu gostaria, eu estava feliz, minha mãe não havia saído do hospital, mas eu já estava bem melhor, pela oração que fiz, e por meus amigos terem vindo em casa me fazer companhia, hoje eu iria ao cinema com a turma da igreja, antes preciso visitar minha mãe, mas antes de tudo preciso terminar de limpar e organizar as salas, já estava na terceira e ainda faltava mais quatro, depois limparia os corredores, talvez fosse melhor mesmo eu me distrair, não podia ficar pensando no pior, aliás aprendi com minha mãe que sempre devemos pensar positivo.

- Aquieta minha alma faz meu coração ouvir tua voz, me chama pra perto, assim eu não me sinto .

Fico cantando sozinha na grande sala do meu chefe, o pai de Merida não era um empresário tão presente assim, ele tinha outros afazeres além de tomar conta de uma empresa, Merida ficava em seu lugar, por mais jovem que fosse, ela levava jeito com isso, mas eu sabia que seu foco não era o mesmo que o pai.

- Olá Charlotte! Falar nela, olha quem apareceu.

- Bom dia! Respondo ela com a mesma  alegria.

- Como passou? Ela pergunta entrando na sala.

- Bem, pelo menos segui os seus conselhos e consegui dormir. Falo e vejo ela sorrir - E você? Pergunto também.

- Dormi muito bem, se é isso que está perguntando. Ela diz sentando em cima da mesa - Você vai visitar sua mãe hoje? Ela pergunta sem olhar para mim.

- Vou sim, eu preciso ve- la, estou tão preocupada. Desvio meus olhos para o chão.

- Vai dar tudo certo minha amiga, apenas creia. Ela diz e sorrio concordando.

Merida fica conversando sobre as papeladas do pai, e sobre querer entrar logo na faculdade, para fazer o que mais gosta, ajudar as pessoas, ela quer ser psicóloga, mas seus pais querem que seja empresária igual ao pai, ou uma grande advogada igual a mãe, depois de falar bastante e me encher de perguntas sobre a Medicina, ela me deixou em paz.
Meu horário de almoço chegou e eu corri para pegar o ônibus, procuro dentro da bolsa o número do doutor Alexandre, mas não encontro, ao invés disso, vejo o cartão de Nicholas ali, por que será que ele me deu um cartão, ao invés de me dar seu número do Whatsap? Bom, vai ver ele trabalha em algum lugar que exige isso, ou talvez ele não tenha Whatsap. Será que ele não tem? Em que mundo ele vive? Afasto esses pensamentos e pego o cartão.

- Só tem um jeito de saber. Pego meu celular e adiciono o número dele como Nicholas mesmo, então entro no aplicativo e atualizo minha lista, quando vou deslizando meu dedo para baixo, vejo seu rosto ali, clico em cima e observo seu perfil, ele estava sorrindo com suas covinhas aparecendo, e seu cabelo molhado, bonito como sempre. Para de ser atrevida Charlotte! Me repreendo mentalmente - Pelo menos ele é atualizado. Falo olhando mais uma vez seu perfil, então resolvo mandar uma mensagem para Merida, a foto de Merida era engraçada, como sempre. Ela estava sentada na grama sorrindo, com uma flor nas mãos, o que mandaria a ela se acabei de sair da empresa? Então não mando, eu não sabia tirar fotos, mas gostava bastante, então coloco na câmera e dou meu melhor sorriso, até que não ficou tão mal, tirando a parte que estou na rua e com uniforme de limpeza, fico ali olhando a foto que acabei de tirar, nem parecia que já passei por tanta coisa, talvez Deus está tendo misericórdia de mim.

- ... A senhorita vai entrar ou não? Ouço uma voz grave dizer e imediatamente olho para frente, vejo o motorista com uma cara de "poucos amigos" me encarando - Eu não tenho todo tempo do mundo! Retruca.

- Perdão. Falo guardando o celular e entrando no ônibus, como sempre ele estava cheio, por isso tive que ficar em pé, espremida no meio de tantas pessoas. Fico ali quieta, apenas ouvindo as pessoas conversar.

- Mas você acredita que o miserável, ainda teve a cara de pau, de confessar tudo. Uma mulher ao meu lado diz para a outra.

- Não acredito! E por que você não deu na cara dele, quando confessou? A que antes era ouvinte fala.

- Eu queria mesmo era dar na cara da dela, eu ia bater tanto naquela garota. A mulher diz alto - Aonde já se viu, a menina é nova, ele tem idade pra ser pai dela, eu não acredito que esse cafajeste fez isso comigo. Ela diz com raiva - Você não concorda moça? Ela me cutuca e olho para as duas - Você não concorda comigo? Ela torna a perguntar.

- Claro que ela concorda não é? A outra mulher me olha, com um olhar de "Você vai ter que concordar querida".

- Perdão, eu não ouvi a conversa. Falo voltando a olhar para frente.
A duas não falam mais nada, e agradeço por isso, eu não queria tornar a situação mais embaraçosa do que já estava, fico na minha até o ônibus parar em frente ao hospital, antes de descer do ônibus, a amiga da mulher segura meu braço e sussurra.

- Você pensa assim por que nunca passou por isso. Afasto meu braço rapidamente e saio dali.

Ao chegar no hospital, sou recebida por Anastácia, que abre um sorriso encantador e me dá um abraço forte.

- Oh minha menina! Ela me aperta e se afasta.

- Oi Anastácia! Como está? Pergunto sorrindo.

- Estou bem menina, e você como está? Ela me pergunta.

- Ficarei melhor, se souber que minha mãe está bem. Falo e vejo seu semblante mudar.

- Isso eu já não posso te responder, terá que conversar com o doutor Alexandre. Me olha séria e encaro seu rosto.

- Charlotte. Sinto uma mão em meu ombro, me viro e vejo o médico.

- Oi doutor. Falo - Onde está minha mãe? Diga que ela está bem, por favor! Minha voz falha, e tento me segurar para não chorar.

- Calma Charlotte, pedi para que descansasse e ficasse tranquila. Ele diz calmo.

- Tem como descansar, ou ficar calma, nesta situação? Minha voz sai um pouco rude.

- Charlotte calma. Agora Anastácia diz.

- Estou muito calma, só quero saber onde está minha mãe! Grito.

- Charlotte por favor! Anastácia segura meu ombro fortemente.

- Dá pra me soltar! Retiro às mãos dela do meu ombro.

- Não sou eu que estou cuidando do caso da sua mãe Charlotte, não mais. Passei para outro médico, ele sabe o que fazer, ele é novo, mas um tanto experiente. Doutor Alexandre tenta me tranquilizar.

- Eu não quero saber de quem está cuidando dela, só quero saber se ela vai ficar bem. Concerteza eu estava alterada, mas não queria nem saber, eu precisava saber da minha mãe.

- O que está acontecendo aqui? Ouço uma voz familiar dizer, olho para trás e vejo... Eu não acredito.

Ooieee como vão???? Espero que bem!!! Bom, deixem o seu voto e comentário ok! Amo cada um! Deus abençoe vcs lindãos! ❤❤

Um propósito - Você é feliz ou apenas sorri?Onde histórias criam vida. Descubra agora