Alguns dias depois
Marcos
Voltamos para Porto Alegre e o mais difícil foi falar da mudança para nossas famílias. Eu já estava meio que acostumado a morar longe, mas a Emy não, e até agora, toda noite, ela chora quando pensa que vai ter que ficar longe da irmã e do pai.
No caso da minha família, minha mãe fez um mini drama se recusando a ficar longe do neto, mas a decisão já estava tomada, eu, Emy e o Jr tínhamos que ficar juntos.
Falei também para os amigos mais próximos, e conversei na Universidade que dou aula. Eles foram super compreensíveis e me desejaram muita sorte. O Tiago me indicou um pediatra amigo dele lá em São Paulo para acompanhar o crescimento do Jr, e um ginecologista-obstetra para a Emy. Acho que com a indicação, ela se sentirá mais confortável. Já fizemos sua transferência para o hospital-escola de São Paulo e ela começa agora em fevereiro. A maioria das coisas já estão nas caixas para a mudança, e vamos para São Paulo, em definitivo, em dois dias.
Amanhã é a festa de 1 ano do nosso filho e optamos por algo simples. Vamos fazer em um circo aqui na cidade, e com a presença de todos os nossos amigos, pois é uma forma de também nos despedirmos. Infelizmente a Maria não irá conosco, nem a cozinheira, mas conseguimos que a babá do Jr fosse. Ele já a conhece e isso facilita nossa vida. Agora vou ver onde está a Emy, para irmos jantar com nossas famílias na casa dos meus pais.
Marcos: Nenê, o que foi? - A encontrei na área externa, sentada num banquinho no jardim.
Emy: Nada meu bem, só estava lembrando dos momentos que passamos aqui nessa casa, principalmente nessa piscina.
Marcos: Nenê, não fica assim, em São Paulo também teremos momentos lindos.
Emy: Eu sei meu bem, mas tá doendo tanto aqui... - Ela falou colocando a mão no coração.
Marcos: Ei picinho, não fica assim que eu não gosto. Eu quero te ver feliz. - Me aproximei dela e a abracei.
Emy: Meu bem, eu vou tentar, eu prometo. - Falou, tentando mostrar um sorriso.
Marcos: Vai dar tudo certo, amor. - A beijei na ponta do nariz perfeito.
Emilly
Chegamos na casa dos pais do Marcos e o clima era de tristeza.
Marcos: O que foi mãe? Eu e a Emy só vamos nos mudar e não desaparecer da face da Terra.
João: Meu filho, não fala assim... Sua mãe não quer ficar longe de você e, principalmente, do Jr.
D. Enilda: Já basta o Joãozinho que mora longe, agora vocês também? - Ela disse, chorosa. - João, acho melhor nos mudarmos também, não tem mais sentido vivermos aqui.
João: Enilda, menos né... Nosso lugar é aqui. E criamos filhos para o mundo e não para nós.
Emy: Mas vocês sempre podem nos visitar, a casa é enorme. Espaço é o que não falta.
Marcos: Isso mesmo. - Ele disse, me abraçando.
Nessa hora meu pai chegou com a mana.
Mayla: Cadê meu afilhado lindo? Eu vou morrer de saudades dele.
Emy: Só dele?
Mayla: Claro que não né! De todos vocês.
Volnei: Eu vou ter que me acostumar a viver sozinho mesmo, já, já a Mayla também casa...
Mayla: Nada disso paizinho, mesmo que eu case, nunca vou abandonar o senhor.
Emy: Mas eu não tô abandonando ele... É que...
Volnei: Eu sei que não está, minha filha, isso é implicância da sua irmã.
Marcos
O jantar foi servido e o clima começou a melhorar, estávamos nos divertindo. A Emy falava com empolgação sobre a decoração da casa, sobre como o bairro é tranqüilo.
Marcos: Então é isso. Amanhã quero todo mundo no aniversário do meu filho.
D. Enilda: Com certeza! O primeiro ano de um bebê a gente nunca esquece.
Volnei: Agora vamos que já está tarde.
Nos despedimos de todos e voltamos para casa. Lá colocamos o Jr para dormir, num momento que era só nosso. Era lindo vê-lo descansar tranquilo e em paz. Só de lembrar que amanhã faz um ano que eu me tornei pai, um filme veio à minha mente. Ele é lindo, encantador. Tem todos os meus traços, se parecendo muito comigo quando eu era pequeno, mas possui a doçura da mãe. Realmente, só a Emy para me fazer embarcar nessa aventura de querer ser pai. E, ultimamente, eu quero mais ainda, estou louco para ter outro filho. A nenê acha que é brincadeira, mas falo muito sério.
Emy: Meu bem, vamos para o quarto... Eu quero uma massagem bem gostosa... - Falou com voz manhosa.
Estava massageando seu corpo lindo e deslumbrante enquanto conversávamos.
Marcos: Nenê, sabe o que eu quero?
Emy: O quê, meu bem?
Marcos: Mais um filho.
Nessa hora ela se virou para mim, abrindo aqueles olhos lindos parecendo duas jabuticabas.
Emy: Sério meu bem?
Marcos: Nunca falei tão sério em toda minha vida. Tô louco pra fazer um filho em você. - Falei enquanto beijava seu pescoço.
Emilly
Emy: Hummm... - Eu gemia com as sensações que ele me proporcionava. - Meu bem, tudo o que eu quero é poder te dar mais filhos.
Marcos: Então nenê, já vamos começar a encomenda agora, que tal? - Meu tom era de provocação.
Emy: Sua nenê aqui amou a ideia...
Continua...
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Emilly e Marcos um amor para ser contado
FanfictionMarcos 39 anos, cirurgião plastico renomado que também é professor de medicina, realizado na profissão mas muito amargurado em seus relacionamentos. Emilly 21 anos estudante do terceiro ano da faculdade de Medicina, cheia de sonhos a serem realiza...