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— Forçaaa! Forçaa! - Grita Lindsay para sua melhor amiga, Emma. — Guilherme, filho, fique ao lado da sua tia, por favor.

O menino obedece sua mãe. Seis minutos depois, após muita força e alguns gritos, nasce Anna Alícia. Lindsay entrega o pequeno pacote, embrulhado em um lençol cor-de-rosa, para Emma.

— Vem cá, príncipe. Olha, como ela é linda!

— Ela é tão bonita, tia. - Os olhos do menino brilham. — Vou me casar com ela quando crescer.

As duas amigas sorriem diante da inocência e do encantamento da criança.

— Claro, filho! Você vai se casar com a Anninha.

O garoto de apenas cinco anos mantém um sorriso satisfeito em seu rosto, enquanto olha para sua "futura noiva", aquele bebê rosadinho de apenas 46 cm.

(...)

3 anos depois

— Vem, Anninha. - Guilherme chama a garotinha de Maria chiquinhas e vestido azul rodado.

— Zá vou, Gui!

Emma confiava, plenamente, em Guilherme. Afinal, foi em sua direção que Anna Alícia deu seus primeiros passos, Dileme foi sua primeira palavra e aquele pequeno casalzinho era inseparável.

Guilherme levava Anna para onde ia e dizia para todos: Vou me casar com ela. Após tanto tempo, a ideia não saiu da cabecinha do garoto, pelo contrário, Anninha já sabia que teria o amiguinho para sempre.

As mães do pequeno casal começaram a gostar da ideia, eram melhores amigas desde a escola. Seria como a realização de um sonho.

Guilherme não tinha olhos para nenhuma garotinha da sua idade, apesar de não ver Anninha como namoradinha e sim como amiga, sabia que era desta princesinha que ele cuidaria pro resto da vida.

Anna Alícia, com seus três aninhos, sentia segurança em Guilherme. Não tinha o pai, que abandonou sua mãe ainda grávida. Então, sua figura masculina estava em seu amiguinho, que lhe oferecia amizade e proteção. Era como um super-herói.

(...)

5 anos depois

— Mamãe, o Guilherme vai vir hoje? - Anna estava sentindo falta de seu amiguinho, que já não vinha com tanta frequência havia alguns meses.

— Não sei, princesa. Ele está um pouco ocupado esses dias. - A mãe não sabia como explicar que o garoto estava crescendo e não podia dar tanta atenção como antes. Com a escola, amigos de sua idade e a adolescência chegando, ninguém poderia culpá-lo.

— O Gui sempre tem tempo pra mim. - Anna faz biquinho pra mãe. Sempre foi tratada como princesa, não só pela mãe, mas pela tia e por Guilherme, principalmente.

A mãe decide levar Anna ao encontro de Guilherme. O garoto está com seus amigos, jogando video-game.

— GUI. - A menina se joga nos braços do menino, que joga o controle de lado para recebê-la com um beijo em seus cabelos e um abraço caloroso.

— Oi, minha princesinha.

Ele a envolve no jogo com seus amigos, e, duas horas depois, Emma leva sua filha para casa. Guilherme continua jogando com seus amigos.

Talvez um "felizes para sempre"Onde histórias criam vida. Descubra agora